O tempo se esconde
atrás do ronco das máquinas
e do canto dos passarinhos.
O tempo se espreguiça
numa cadeira de balanço
que desejo ganhar de presente
quando for vovô.
O tempo se esconde e se mostra
cheio de pressa.
Ele se acostumou a deitar e rolar
dentro da gente.
Passeia o tempo na nuvem que passa,
se embala no galho que balança,
se esconde atrás do sol
no horizonte.
O tempo me escraviza
no início da manhã
disfarçado de despertador.
O tempo precisa saber
que eu não sou
máquina.
Onde for, com ou sem pressa,
o tempo quer atropelar os meus sonhos.
Será que consigo escapar?
(Pensamentos & poemas espirituosos)
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