sábado, 23 de março de 2019

Final feliz



Nada de luz acesa nos velhos tempos.
O sexo não conhecia os holofotes.
Dos seios e bumbum e outras curvas,
nenhuma imagem técnica, 
nenhum arquivo ou pen drive,
pra levar pra casa.
O imaginário  sempre atento
em busca do alimento.
Tudo, ou quase tudo, girava
em torno do orgasmo,
ansioso,
absurdamente precoce.
O silêncio e o pulso acelerado e
o abraço e a vontade de ir ao banheiro
e as perguntas feitas para dentro:
como eu me saí nessa porra?
Será que ela gostou?
Estréia vencida,
embora a sensação
de que o empate foi derrota.
Naquele tempo até que era bom.
Ao menos rolava um escurinho no cinema.

(B. B. Palermo)

O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...