quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Saco de pancadas



Preso a labirintos surreais, estou embriagado de ilusões.
Uma parte de mim é estatística, outra parte é mitologia.
Não me conformo, pois sinto nos ossos que a estatística, raio-x, atravessa meus órgãos feito ultrassom.
Algo resiste, não quantificável, um sensível bebedor.
As pesquisas conhecem uma fatia de mim, o rosto da vitrine, outdoors nas esquinas.
Os números me chamam pra dançar, mas os ritmos estonteiam. Dá vontade de vomitar.
No embalo da dança, socos bem direcionados me embretam, jabs de esquerda e de direita entram direto, golpes na linha da cintura e supercílios e rins mutilados.
Lutador vencido, aqui estou, saco de pancadas, jogado aos leões.

(B. B. Palermo)

Foi o que deu pra fazer

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