quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nós - Ricardo Azevedo



Se há o nó que desata
há sempre o nó que segura
há o nó que desamarra
mas há o nó que estrangula
há o nó que algema e prende
há o nó que corta e machuca
há o nó que enforca e pendura
há o nó que nunca tem cura

outros nós enquanto isso
quando se encontram, se abraçam
se entrelaçam, se arrebatam
se aconchegam, se agasalham
se combinam, se completam
se misturam, se embaralham
se emaranham, se atravessam
se penetram, se confundem
e até se fundem
feito nós


do livro Ninguém sabe o que é um poema. FNDE.

Novo homem!

  Grãos de areia interditaram meus olhos nesta quarta-feira de tarde, bastou umas calcinhas no varal tomarem banho de sol e ousarem ...