Anos depois
ela bate à porta
para reivindicar seu lugar
no meu álbum de lembranças.
Minha racionalidade pondera
com regras e dever
afirma sem piscar
que seu amor prescreveu.
O pior é que o tempo
não é confiável nem comparsa
me chama de medroso
enquanto ri da minha cara!
Ele diz que depois que ela se foi
esqueci portas trancadas
alarmes cadeados sensores
me guardam...
e aguardam
um gesto definitivo...
Tudo o que aprendi
foi mastigar essas verdades
amargas
torcer para que as palavras
que rabisco no diário
apontem as coordenadas.
domingo, 28 de novembro de 2010
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