sábado, 31 de março de 2012

Engarrafamento - Roseana Murray


Nada a fazer
no meio do engarrafamento,
a não ser
desamarrar os nós do pensamento.
E se deixar levar
para a longínqua
Transilvânia,
Atlantida,
Passárgada,
para o galho mais alto de um sonho.
E de lá de cima,
olhar o mundo
com profunda
paciência.


Do livro Paisagens. Belo Horizonte: Lê, 1996.

Adeus, meu rabo de cavalo

  O chão, de repente, é um cemitério de fios. Meu rabo de cavalo, breve como promessa de verão, caiu inteiro no colo do João, barbeiro rindo...