
De braços abertos
o amor é um eterno
poeta sonhador.
Para lá e para cá
somos pêndulos
que maltratam o dia
tecendo acordos
com o prazer e a dor.
acordamos
e esquecemos
nossa reserva
de sonhos.
Nos ensinaram que amar
é dever não prazer
(não podemos
decepcionar
os outros!)
Ponteiros dos segundos,
não temos mais tempo
para amores tragicômicos
(perdemos a hora
e o ônibus...)
Buscamos
amores previsíveis
pra poder começar
a fugir outra vez.
A aventura maior
será um dia aceitar
a dose única do amor
e seu fluxo letal!