terça-feira, 29 de janeiro de 2008

“Charadas do País das Maravilhas”

Poema de Lewis Carroll


Do livro “RIMAS DO PAÍS DAS MARAVILHAS”


Achei uma vara: dois quilos pesava.
Um dia resolvi serrá-la
em oito pedaços com o mesmo peso.
Quanto pesava cada mesmo?
(“Duzentos e cinqüenta gramas!” Engano!)

Manhã: três irmãs dão de comer ao gato.
Uma: “Quer atum?” – O gato lambe o prato.
Outra: “Quer sardinha?” – Ele come, feliz.
Outra: “Quer robalo?” – Ele torce o nariz.
(explique a conduta do gato.)

Solução das charadas

Perde parte do sangue e diminui o peso
a carne cortada até o osso.
A perda da serragem faz que pese menos
uma vara serrada em oito.

Um gato gostar de atum e de sardinha
é óbvio, não há por que explicá-lo.
Se com a terceira oferta se abespinha
o bichano, é porque, sendo honesto, tinha
de ganhar seu peixe, não roubá-lo.

BOBINHO



Estou no meio da roda
e o suor escorre
pela testa.

O que desconsola
é que os outros
são bons de bola.

Ameaço que vou
mas não vou
e a bola passa
uma vez aqui,
outra vez ali,
bem longe
de onde estou.

Riem de mim
porque sou
“bobinho”
que demora
pra escapulir...

Confio no meu taco
e quando alguém descuida
dou o bote da cruzeira
negaceio as cadeiras
tal qual um capoeirista...

Então roubo a bola...

Não, não, não...
Não sou ladrão,
sou artista!

Novo homem!

  Grãos de areia interditaram meus olhos nesta quarta-feira de tarde, bastou umas calcinhas no varal tomarem banho de sol e ousarem ...