quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Bomba de gasolina

Na bomba de gasolina
abasteço e corro como louco
verdadeiro animal alado
pra logo voltar e fitar
seu olhar molhado.

Antes, 
minhas idas e vindas
                    diárias
se conformavam
com as chegadas e partidas
do ônibus da rodoviária.

Agora,
eu me perfumo
e abandono a sina de ermitão
só pra chamar sua atenção!

Como ela não tem nada com isso,
ensaio algumas danças
com as asas do pavão
e sonho meu destino
com a barby que se insinua
debaixo do macacão!

Adeus, meu rabo de cavalo

  O chão, de repente, é um cemitério de fios. Meu rabo de cavalo, breve como promessa de verão, caiu inteiro no colo do João, barbeiro rindo...