sábado, 25 de agosto de 2018

Tudo sempre igual

Abro o jornal, fico sem graça com a coluna policial. Tudo sempre igual. Muita informação, tragédias, dilemas, nenhuma crônica ou poema.

Jornal não educa para a sensibilidade. Para vender, exagera no que ocorre de pior.
Jornal visa ao leitor indiferente, frio, que apenas repete fatos parecidos uns com os outros.
Papagaios atualizam para outros papagaios as desgraças do dia.
Sensibilidade nasce com a gente ou se educa? Sensacionalistas, nossos jornais querem vender. Educar exige tempo e esforço, e não dá lucro.
Papagaios alimentam papagaios. Uns, livres para narrar. Outros, engaiolados a escutar.
A coluna policial do jornal vira poema quando eu espremo e verte sangue. 

(Teco, o poeta sonhador)

Adeus, meu rabo de cavalo

  O chão, de repente, é um cemitério de fios. Meu rabo de cavalo, breve como promessa de verão, caiu inteiro no colo do João, barbeiro rindo...