Abro o jornal, fico sem graça com a coluna policial.
Tudo sempre igual. Muita informação, tragédias, dilemas, nenhuma crônica ou
poema.
Jornal não educa para a sensibilidade. Para vender,
exagera no que ocorre de pior.
Jornal visa ao leitor indiferente, frio, que apenas
repete fatos parecidos uns com os outros.
Papagaios atualizam para outros papagaios as desgraças
do dia.
Sensibilidade nasce com a gente ou se educa? Sensacionalistas,
nossos jornais querem vender. Educar exige tempo e esforço, e não dá lucro.
Papagaios alimentam papagaios. Uns, livres para
narrar. Outros, engaiolados a escutar.
A coluna policial do jornal vira poema quando eu
espremo e verte sangue.
(Teco, o poeta sonhador)
Nenhum comentário:
Postar um comentário