quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CONVERSANDO COM DEUS - o filme




Quem assistiu o filme "O segredo", ao ver o filme "Conversando com Deus" vai se deparar com um argumento parecido entre os dois: todo o universo conspira a nosso favor, desde que... façamos alguma coisa...
Várias cenas do último ilustram isso. Coisas, fatos, pessoas, que cruzam nosso caminho, não estão nesse lugar por acaso. A princípio podem parecer absurdas, mas depois ganham um sentido.
Temas voltados à questão da espiritualidade, permeadas pela nossa emoção, são um prato delicioso para a indústria de livros e filmes. Isso não ocorre por acaso. Tem a ver com a nossa condição existencial: viver em nome do consumo e do imediatismo.
O filme questiona o valor que damos às coisas. Onde investimos nosso dinheiro e energia: em ganhar a vida. Será que é isso o que mais importa?

É controversa a questão sobre como "conversamos com Deus". Confesso que para mim, no filme, não ficou claro: ocorre na fantasia? Numa dimensão sobrenatural? No imaginário do personagem?
De qualquer modo, tanto se disse, pregou, sobre a revelação divina para nós, mortais - portanto, falíveis. Que eu não saberia o que dizer agora, mas não abro mão da dúvida, já que sou "humano-falível"...

Neste sentido, busquei no Google escritos sobre o filme que trouxessem alguma luz neste momento. Vai a seguir um texto (vitrine2009.blogspot.com) que visa ser uma crítica ao filme. Considero seus argumentos questionáveis - porém eles embrenham na discussão religiosa, e isso não me encorajo fazer. Vai também um comentário, que considero um tanto esclarecedor na discussão.
Confesso desde já que simpatizo com a visão panteísta sobre a o que é Deus e sua relação com o homem. E no filme pude ver algo, mesmo introdutório, que se aproxima dessa visão.




O filme “Conversando com Deus” é uma criação mística, que envolve conceitos de uma filosofia ocultista e espírita, sendo, claro, camuflado por uma aparência de cristã.




Atualmente, mais do que antes, as novas filosofias místicas encabeçadas pelo Movimento Nova Era vem assumindo um perfil com ares científicos e Cristão. Jesus Cristo vem sendo uma figura que ao ser exposta como “bandeira” de paz, amor, caridade e humildade, serve para conquistar e enganar a muitos que não conhecem a verdadeira mensagem de Jesus Cristo.




O filme Conversando com Deus sintetiza tudo o que falamos no texto “Quem somos nós. Uma crítica cristã”, acerca da compreensão mística de que todos nós, seres humanos, somos deuses. Com um enredo envolvente, o filme explora constantemente o lado emocional humano, buscando através disso, desviar o senso crítico em substituição por uma imagem piedosa e sentida com a história do personagem.




O cristão cauteloso segue o exemplo dos crentes de Beréia, que segundo o livro de Atos faziam questão de conferir tudo o que ouviam com as Escrituras Bíblicas. Se assim fizéssemos saberíamos discernir rapidamente as mensagens ocultas existentes em muitas dessas produções, a exemplo do filme “Conversando com Deus”.




Nesse filme o personagem principal não é do Deus da bíblia, muito menos Jesus Cristo, mas sim o homem-deus, ou deus-homem que, segundo tal filosofia “existe dentro de você”. Conversar com Deus, na mensagem subliminar do filme significa conversar com você mesmo. Ou seja, com o deus que “existe em você”, mas que para isso é necessário “despertar” para essa “verdade” e desenvolver em si mesmo a capacidade de “ouvir” a esse deus interior.




O sucesso ou o fracasso do ser humano depende único e exclusivamente dele aprender ouvir seu íntimo, como diz o personagem: “Concentre-se no que você, pensa sobre você”. E é nessa perspectiva que desenvolve-se todo o filme, baseado na história do personagem em, através de suas experiências sofríveis, “descobrir” que existe uma fonte de sucesso e luz dentro dele mesmo, pronta para “guiá-lo”, desde que ele esteja pronto para ouvir e confiar, afinal: “Não há mais segredos” (risos). Fazendo assim alusão ao documentário “O segredo”.




A filosofia expressa implicitamente no filme reflete a compreensão espírita, hinduísta, teosófica, budista e mormonista de que o grande segredo supostamente revelado por Jesus Cristo é de que somos deuses. Para refutar isso meus queridos, com base bíblica, não quero me dar o trabalho nesse momento, uma vez que já escrevi um texto a esse respeito que explica muito bem através de uma experiência pessoal em minha faculdade. Para quem não leu leia - Quem somos nós. Uma crítica cristã.


Um abraço e até a próxima... (vitrine2009.blogspot.com)

Anônimo disse...

A verdade é uma terra sem caminhos que não pode ser mostrada por seitas, livros sagrados, dogmas etc. A verdade é viva e essa é a beleza dela pois só algo morto pode estar confinada em um só lugar. Partindo do princípio que somos "imagem e semelhança" de Deus, acredito que a melhor forma em estarmos em conformidade e ao mesmo tempo conhecendo a Deus é pela auto-observação e auto-conhecimento. Nascemos e somos criados em um código de condulta estabecidos pela sociedade e tradição e somos moldados conforme esse código. Nunca nos prestamos ao cuidado de olhar as entrelinhas que nos propõe esse código. Sempre nos conformamos o que sempre nos foi imposto. Será esse o verdadeiro caminho ao conhecimento da realidade? Quando julgamos ou condenamos algo ficamos impossibilitados de ver o fato como realmente é, pois nossa mente está sempre a tagarelar com as referências dadas pela nossa tradição. Muitas vezes não nos damos contas que de fato fazemos parte desse TODO que é o universo. Como o livro Conversando com Deus menciona, a humanidade atribuiu a Deus um papel de pai condenador, justiceiro que lhe pune ou recompensa de acordo com os seus atos (onde está o livre arbítrio nesse sentido?), temos medo de ir pra o inferno e com base nisso amamos a Deus para que ele não nos puna com o sofrimento eterno. Onde está o interesse de Deus nos punir com o sofrimento eterno? Ganharia o que com isso? No texto de Deteuronomio 28:15 podemos fazer uma reflexão sobre essa questão de punição. Leiam e reflitam...mas depois só não venham com essa história de que Deus é amor mas é justiça também pois essa afirmação é paralela àquela de que a bíblia foi escrita por homens mas inspirada pelo Espírito Santo. A humanidade precisa acreditar nessa tese para que os fundamentos bíblicos tenham efeito. Contudo, a fé é individual...embora quando ela se organiza ela se mortifica consequentemente se tornando uma religião, seita ou dogma a ser impostos por aqueles que buscam uma respostas para o sofrimento que assolam a humanidade (assim como individual). Particulamente eu acredito que as leis de Deus se manisfestam na natureza e não em livros sagrados (não desfazendo da beleza em suas literaturas). Acontece que só queremos aceitar a "verdade" como nós a compreendemos, rejeitando por sua vez a verdade como nos é apresentada através das nossas experiências.


Toda Lorena

  Olhava pro fogo mágico do entardecer, que mais parecia uma lareira mandando bem em viagens noutras esferas. Me encanto ao ver minha musa p...