terça-feira, 11 de setembro de 2018

Animalzinho assustado



Arredio, lembro que olhava para todos os lados, mas não sabia pra onde ir. Um animalzinho cercado por predadores. De sua aldeia distante, meu corpo berrava, enviava sinais, cãibras nas pernas, dedos trêmulos, suores noturnos, dores de barriga inexplicáveis, coração disparado.
Com o passar do tempo domei medos e deveres. Me afastei do mundo para sobreviver.
Também fui ovelha seguindo ordens, mas aos poucos recusei convites para ser um líder. 
Nas urnas periódicas simpatizo cada vez mais com teclas de brancos e nulos.
Quando crescer saberei o que fazer.

(B. B. Palermo)

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Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...