domingo, 4 de dezembro de 2011

GURI ASSUSTADO





Falávamos do velório
da velhinha
das vidas que se foram
e de outras que virão...

Quando fui atravessar a rua
o defunto por mim passou...

Para meu espanto
movimentos quânticos
puseram o féretro
no meu caminho

- minha consciência quase deu nó!

Acordei com o sino da capela
e as batidas do relógio de parede
do vizinho.

Os sentinelas do tempo
tiveram comportamento estranho
pra uma tarde de domingo!

Como guri assustado
agora eu morro de medo
de ficar sozinho!

Adeus, meu rabo de cavalo

  O chão, de repente, é um cemitério de fios. Meu rabo de cavalo, breve como promessa de verão, caiu inteiro no colo do João, barbeiro rindo...