terça-feira, 28 de março de 2017

Muito mais não querer


Não quero ter a pressa do motoboy.
Não quero suportar a raiva ao saber da traição.
Não quero a lucidez do doente terminal na véspera da revelação.
Não quero estar no lugar da pomba no instante do pulo do gato.
Não quero ser pombo nem gato. Nem porco, ovelha ou galinha.
Respeito os bichos porque não sou bicho.
Não quero ter a resignação do trabalhador.
Não quero ter a certeza do torcedor.
Não quero pensar na morte.
"Não é que eu tenha medo de morrer.
Só não quero estar lá quando isso acontecer" (Woody Allen)

(TIRADAS do Teco, o poeta sonhador)


O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...