domingo, 17 de abril de 2011

COTIDIANO



Concentrados no cotidiano
os homens avançam.

Amanhã
o mundo vai acabar.

Muito pode ser feito:
trabalhar, comer, dormir, acordar...
Como fazem os pássaros:
arrumar o ninho, por ovos, chocar...

A vida parece ordenar:
Depressa, depressa, vamos
transformar o entardecer!

Observo a rotina
protegido pela janela
e sua cortina.

Choca-me o incondicional:
sou racional,
mas não tenho asas para voar!

Adeus, meu rabo de cavalo

  O chão, de repente, é um cemitério de fios. Meu rabo de cavalo, breve como promessa de verão, caiu inteiro no colo do João, barbeiro rindo...