terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Biografia de uma árvore - Carpinejar


Na eternidade, ninguém se julga eterno.
aqui, nesta estada, penso que vou durar
além dos meus anos, que terei
outra chance de reaver o que não fiz.
Se perdoar é esquecer, me espera o pior:
serei esquecido quando redimido.

Não me perdoes, Deus. Não me esqueças.
O esquecimento jamais devolve seus reféns.

A claridade não se repete. A vida estala uma única vez.

Do livros Caixa de sapatos - Antologia. Editora Cia das Letras, 2003.

Novo homem!

  Grãos de areia interditaram meus olhos nesta quarta-feira de tarde, bastou umas calcinhas no varal tomarem banho de sol e ousarem ...