Tua
música
não
é hip hop nem rock
regae
foxtrot ou rap.
Tua
música é estado de graça.
Se
meu coração
parece
um vulcão,
como
posso querer
que
se abram flores
em
minhas mãos?
Minha
aura
Frankenstein
num
vermelho incerto
acusa
o golpe
quando
passas
por
perto.
De
que modas preciso
de
piercings e brincos
alegres
e doloridos
para
te encantar?
Minha
vontade
é invadir
teu território
e
fazer a loucura
de
cantar o meu amor
pra
todo mundo ouvir
do
décimo primeiro andar.
Quem
sabe eu mude
minha
estratégia:
invista
numa TV
celular internet
crediário
e carregue
sempre comigo
códigos
e senhas
gramática
e dicionário.
Sei,
no apagar das luzes,
somos
pouca coisa
quase
um “Eu, etiqueta”
como
disse o poeta.
No
final da festa
não
sou grande coisa
e,
tudo quanto é coisa,
me
locupleta!
Anote
e (a)guarde:
ainda
não tenho idade
pra
cair em desgraça.
Com
tua presença
afundo
na fossa
sem
identidade reputação
nem nome limpo
na praça!
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