Às vezes, o simples viver é um ato de coragem (Sêneca).
As asas de cinza
abrem o ventre do
beijo aterrador.
A plenos pulmões
as línguas escaldantes
expõem seus artifícios.
O absurdo leva o silêncio
de galho em galho e a
saída de emergência
cai no abismo.
A balada é segura: as
rotas de fuga iluminam
os necrotérios e quem
mente mais chora menos.
Os sonhos cremados
beijam o imponderável norte
e a razão invertebrada semeia o
nada, a dor e a morte.
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