Canção de um dia de vento - Mario Quintana
O vento vinha ventando
pelas cortinas de tule.
As mãos da menina morta
estão varadas de luz.
No colo, juntos, refulgem
coração, âncora e cruz.
Nunca a água foi tão pura...
Quem a teria abençoado?
Nunca o pão de cada dia
teve um gosto mais sagrado.
E o vento vinha ventando
pelas cortinas de tule...
Menos um lugar na mesa,
mais um nome na oração,
da que consigo levara
cruz, âncora e coração
(E o vento vinha ventando...)
Daquela de cujas penas
Só os anjos saberão!
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