Enfim, despedimo-nos
da infância.
Depois do parque
do circo e da praça
doamos a fantasia
aos irmãos mais novos.
Agora
nos emprenstam
vergonha
se ficamos nus.
Passam os dias
e todos aguardam
para que prendamos a rebeldia
nos porões do coração.
Mas a liberdade, alucinada,
acena por detrás dos muros...
Repetem, repetem,
os mais velhos:
- Vamos olhar pra frente
e viver a nossa idade!
Enquanto isso
nossos desejos mais profundos
brincam de esconde-esconde
nos labirintos da saudade!
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