quinta-feira, 1 de julho de 2010
VUVUZELEIROS
Hoje, olho com desconfiança o nascer e o pôr do sol. É que não sei até que ponto são reais aqueles tons avermelhados.
Talvez sejam devaneios meus prestar atenção no emigrar de raios que o sol grava nas nuvens, com seus tons e cores itinerantes.
Será que acontece o mesmo com a romaria de palavras que usamos, ou que ofertam a nossos ouvidos, ou que plantamos nos ouvidos dos outros?
São tantas pretensas verdades, formatadas e/ou deformadas, que eu chego a perdoar as vuvuzelas agitadas nos estádios da África.
Em todas as esquinas, vuvuzeladores, da política ao 1,99, fazem de tudo para serem notados.
As vuvuzelas opiniões, sem se importar com nossos ouvidos, buzinam a toda hora e, pelas caracteristicas dos vuvuzeladores, vão buzinar cada vez mais.
É tanto buzinaço sem critério, motivado pelo binômio torcer/secar, que se torna impensável imaginar o prazer, beleza e fruição.
Vamos ter um pouco de cautela com nossa "vuvuzela-discurso", e muito mais com nossa torcida vuvuzelante, e seu barulho irracional, das arquibancadas da vida, senão corremos o risco de sairmos com bola e tudo pela linha de fundo.
Acho que muitos têm pressa para marcar os gols e vencer o jogo. Mas são tantos os interesses em jogo, que fica difícil demarcar vencedores e vencidos.
Diante disso, em que nossa empreitada vuvuzelante pode ajudar?
Talvez tudo não passe de romantismo de um Teco poeta ingênuo, comparar os ruídos de pessoas com seus "instrumentos", com a mudança das cores no céu, do amanhecer ao anoitecer.
Eles devem ter significados ocultos, tantos mistérios, para muito além do que minha vã percepção pode captar.
terça-feira, 29 de junho de 2010
NATAL - Fernando Pessoa
Nasce um deus. Outros morrem. A Verdade
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.
Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
A ARTE DE SER FELIZ - Cecília Meireles
Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
DESPERTAR
Quando ela mordeu
seu lábio inferior
eu acordei.
Eu não sei
se nossos desejos
flutuam impacientes
no espaço infinito
ou se fruem
na fornalha
que os separa
em alguns centímetros.
Aconteceu o óbvio:
trocamos olhares
e-mails e telefone
mas não tocamos
os lábios.
seu lábio inferior
eu acordei.
Eu não sei
se nossos desejos
flutuam impacientes
no espaço infinito
ou se fruem
na fornalha
que os separa
em alguns centímetros.
Aconteceu o óbvio:
trocamos olhares
e-mails e telefone
mas não tocamos
os lábios.
terça-feira, 22 de junho de 2010
O ROBÔ - Luis Fernando Veríssimo
Tenho contado esta história para meus alunos de sétima, oitava e ensino médio. É mais uma daquelas narrativas do Veríssimo que misturam humor com ironia. Uma daquelas histórias que gostaríamos de ter escrito. Que dizemos, depois de a ter lido: "Como não pensei nisso antes?"
Um dia ele chegou em casa com um robô. O robô era baixinho, redondo e andava sobre rodinhas. A mulher achou engraçado, mas sentiu uma ponta de apreensão. Para que um robô em casa?
- Olhe só - disse o marido. E, dirigindo-se ao robô, disse: - Seis!
O robô foi até o quarto do casal e de lá trouxe os chinelos do homem e a sua suéter de ficar em casa. Voltou para o quarto levando o paletó, a gravata e os sapatos.
- Mas isso é fantástico - disse a mulher, sem muita animação.
- Ele está programado para só obedecer à minha voz - explicou o homem.
Estava tão entusiasmado com o seu robô que a mulher decidiu não lembrar a ele que naquele dia eles faziam dez anos de casados. Ele continuou:
- É um código. De acordo com o número que eu digo, ele sabe exatamente o que fazer.
- Sim.
- Os números vão de 1 a 100 e obedecem a uma sequencia que corresponde, mais ou menos, à importância relativa das tarefas. Entendeu?
- Entendi.
Se ela não tivesse dito nada, seria a mesma coisa, porque o homem não a escutava. Olhava para o robô como um dia, dez anos antes, olhara para ela. Pelo menos ela ficou sabendo que, numa escala de 1 a 100, os chinelos que lhe trazia todos os dias quando ele entrava em casa correspondiam a 6.
Depois do jantar, quando ela começou a limpar a mesa, ele a deteve com um gesto. Disse para o robô:
- Sessenta e um!
O robô rapidamente tirou os pratos da mesa, botou tudo dentro da máquina de lavar pratos, ligou a máquina e voltou para aguardar novas instruções.
Mais tarde, quando o marido disse: "Que tal um joguinho de cartas?", ela levantou-se, alegremente, para pegar o baralho. Logo descobriu que o marido falava com o robô.
- Dezoito!
O robô correu na frente dela, pegou o baralho, pegou o bloco de papel e um lápis, arrumou a mesa para o jogo e ficou esperando. Ele sentou-se para jogar cartas com o robô. Ela perguntou:
- Posso jogar também?
- Este jogo é só para dois - disse o marido. - Você pode ir se deitar, se quiser.
- Você não vai querer mais nada?
- O que eu precisar o robô pega.
Do quarto, ela ficou ouvindo o marido dizer, a intervalos, "vinte e seis" ou "trinta e um", e o ruído do robô, na cozinha, pegando cerveja, salgadinhos, etc.
Tomou uma decisão.
Levantou-se e foi até a sala. De camisola.
- Querido...
- Você não estava dormindo?
- Não.
- Nós fizemos muito barulho?
- Não.
- Então o que é?
- Tem uma coisa que eu faço que esse robô não faz.
- O quê?
- Uma coisa de que você gosta muito.
- Você quer dizer...
- Arrã - sorriu ela.
- É o que você pensa - disse ele. E, para o robô: - Um!
Aí o robô correu até a cozinha e começou a reunir os ingredientes para fazer uma musse de chocolate.
Grupos feministas a apoiaram ruidosamente durante o julgamento, com toda a razão.
Do livro A mãe de Freud, Círculo do livro.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
CENÁRIOS
A maquete dos sonhos
prendeu meu olhar.
Cenários se suscedem
e meus olhos
nem conseguem piscar
ou desviar sua direção.
Quando vem o medo
e implora pra recuar
a maquete sussurra horizontes
que moram juntinhos
do meu coração.
Aí, dá uma vontade
de construir praças árvores
cheiros que a chuva traz
tudo o que um dia vi
e toquei com as mãos.
prendeu meu olhar.
Cenários se suscedem
e meus olhos
nem conseguem piscar
ou desviar sua direção.
Quando vem o medo
e implora pra recuar
a maquete sussurra horizontes
que moram juntinhos
do meu coração.
Aí, dá uma vontade
de construir praças árvores
cheiros que a chuva traz
tudo o que um dia vi
e toquei com as mãos.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
SEGREDO Henriqueta Lisboa
Andorinha no fio
escutou um segredo.
Foi à torre da igreja,
cochichou com o sino.
E o sino bem alto:
delém-dem
delém-dem
delém-dem
dem-dem!
Toda a cidade
ficou sabendo.
escutou um segredo.
Foi à torre da igreja,
cochichou com o sino.
E o sino bem alto:
delém-dem
delém-dem
delém-dem
dem-dem!
Toda a cidade
ficou sabendo.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
FRANKSTEIN
A menina tem
a boca
nas orelhas
não é pela lua
não é pelo sol
é que a menina passeia
com seu frankstein
O rabo é um toco
e o troço
diz pouco
au, au, au
diz pouco
ai, ai, ai...
frankstein não vive
amarrado
não é solto das patas
não tem pedigree
não é vira-latas
só diz au, au, au
quando a menina vem
só diz ai, ai, ai
quando a menina vai.
terça-feira, 15 de junho de 2010
QUERIA QUE EXISTISSE... - Tatiana Belinky
Esta história, creio, traz preciosos argumentos que ajudarão a justificar a necessidade dos livros e da leitura na vida das crianças. "Criança necessita tanto do 'sobrenatural' como do 'mágico' e do 'fantástico'". Dizem o mesmo os psicanalistas Diana Corso e Mário Corso, no livro Fadas no divã.
O que vou contar aconteceu quando o protagonista deste “causo” estava em plena época dos “por quês” e “pra quês”: quatro anos de idade. Uma idade em que as cabecinhas infantis funcionam à toda, observando e indagando e tentando decifrar o complicado e misterioso mundo que as rodeia. Um mundo complicado e misterioso, mas também fascinante, e às vezes mesmo assustador. Mas vamos ao “causo em causa”.
Andrezinho nasceu de um casamento “misto”, de um casal oriundo de religiões diferentes, e seus pais, um tanto intelectualizados e agnósticos, não se preocuparam em ensinar-lhe qualquer coisa sobre religião. Achavam que, à medida que os filhos fossem crescendo e amadurecendo, acabariam por encontrar e escolher o seu próprio caminho. E que, por enquanto, bastava educá-los numa linha ética e humanista, de amor, solidariedade, tolerância e respeito – por si mesmo e pelo próximo.
Foi na hora do almoço. Sentado à mesa, com os pais e o irmão maior, Andrezinho não participava da animada conversa familiar. Como sempre, quando ficava pensativo, ele enrolava no dedinho indicador a mecha de cabelo macio que lhe caía da testa, os grandes olhos negros, tão parecidos com os do pai, perdidos na distância. Até que por fim, já na sobremesa, o menino soltou um suspiro tão profundo, que todos se voltaram para ele.
- O que foi, André? – Perguntou a mãe, que nunca o chamava de Andrezinho, porque ele não gostava de diminutivos, a ponto de chamar uma escrivaninha de escrivana e uma galinha de gala...
A resposta veio sem titubear:
- Ah... eu gostaria que existisse Deus!
Surpresa geral: ninguém – pelo menos ninguém da família – nunca lhe falou nesse assunto, nunca disse que Deus existia ou deixava de existir. Quando muito, ele deve ter ouvido em casa – porque ainda nem ia à escola – exclamações do tipo “Ai, meu Deus”, “Se Deus quiser”, “Graças a Deus”, “Deus me livre”, essas coisas. E agora, aquele sentido suspiro!
- Mas... por que você diz isso? – pergunta a mãe, carinhosamente, após brevíssima hesitação.
- Porque, se existe Deus, eu ia pedir-lhe uma coisa.
Os pais se entreolharam: o que será que falta a este menino, “onde foi que erramos”? E a mamãe, jovem e inexperiente, pra não dizer bobinha, pergunta:
- Mas o que é que você iria pedir a Deus, que o papai e a mamãe não te podem dar?
E imediatamente, pela expressão do rosto do filhote, mesmo antes de ouvir a resposta, percebe que a sua pergunta foi no mínimo ingênua, ou mesmo tola. Porque a resposta veio pronta, em tom entre admirado e reprovador:
- Ah, mãe! Se existisse Deus, eu ia pedir a Ele para existir Papai Noel!
Ninguém riu. E não era caso de rir, mesmo.O Andrezinho acabava de nos dar uma grande lição, uma “aula magistral”, numa só curta frase. E a lição era: criança necessita do “sobrenatural” como do “mágico” e do “fantástico”.
“Tadinho” do André – quatro aninhos e já tão sem “ilusões”. As lindas ilusões e fantasias dos contos de fadas, das poesias, de todas essas coisas bonitas e muito, muito importantes para a criança. “A fantasia é o hormônio da alma”, disse o famoso escritor e pensador Ortega y Gasset, “sem a qual a alma se resseca e morre...”.
Mas não se preocupem: o Andrezinho superou esse ceticismo, e foi, ele mesmo, um formoso sonhador e poeta na vida.
Do livro Bidínsula e outros retalhos. Editora Atual, coleção Conte outra vez. 1990.
MERA DIVERSÃO
Em quais de nossas atividades diárias nos divertimos? Na vida profissional, por exemplo, há alguma possibilidade disso acontecer?
Misturar pitadas de diversão na competição diária, como o leite no café (mesmo que seja em pó), é uma extravagância, ou quase uma necessidade?
Chamou-me a atenção o comentário do narrador da corrida de Fórmula Um, no último domingo: o piloto divertiu-se um bocado ao fazer manobras em que estavam implicados dois outros pilotos, mais velozes do que ele, e que buscavam ultrapassá-lo - já que brigavam pelas primeiras posições.
Nessas corridas, até os centésimos de segundo são importantes. É o tempo domado pela tecnologia. Esta tem sua margem de erro cada vez menor. As manobras, as decisões, neste curto espaço de tempo, são mecânicas (mecanizadas) ao máximo. Quem bom que, apesar disso tudo, o piloto divertiu-se.
Parece-me que a diversão é vista por nós como simples, sem importância, hoje em dia. Talvez por ter sido diluída pelos atropelamentos da vida que levamos.
Considero que abrir clarões para a diversão, em meio à selva da mecanicidade diária, é como vislumbrar um oásis no deserto.
A diversão a que me refiro pode ser chamada de lúdica e/ou estética.
Não é passatempo ou entretenimento, como boa parte do que assistimos na TV, ou vemos na internet.
Mas acima de tudo, essas brechas lúdicas só têm valor se causarem algum efeito em cada um de nós. Se nos despertarem para algo que ainda não percebíamos. Efeitos que funcionam à maneira de sacudidelas, e nos acordam para outras dimensões do existir, opostas à mecanicidade e superficialidade de nosso pensar e agir, seja individual ou junto com os outros.
Misturar pitadas de diversão na competição diária, como o leite no café (mesmo que seja em pó), é uma extravagância, ou quase uma necessidade?
Chamou-me a atenção o comentário do narrador da corrida de Fórmula Um, no último domingo: o piloto divertiu-se um bocado ao fazer manobras em que estavam implicados dois outros pilotos, mais velozes do que ele, e que buscavam ultrapassá-lo - já que brigavam pelas primeiras posições.
Nessas corridas, até os centésimos de segundo são importantes. É o tempo domado pela tecnologia. Esta tem sua margem de erro cada vez menor. As manobras, as decisões, neste curto espaço de tempo, são mecânicas (mecanizadas) ao máximo. Quem bom que, apesar disso tudo, o piloto divertiu-se.
Parece-me que a diversão é vista por nós como simples, sem importância, hoje em dia. Talvez por ter sido diluída pelos atropelamentos da vida que levamos.
Considero que abrir clarões para a diversão, em meio à selva da mecanicidade diária, é como vislumbrar um oásis no deserto.
A diversão a que me refiro pode ser chamada de lúdica e/ou estética.
Não é passatempo ou entretenimento, como boa parte do que assistimos na TV, ou vemos na internet.
Mas acima de tudo, essas brechas lúdicas só têm valor se causarem algum efeito em cada um de nós. Se nos despertarem para algo que ainda não percebíamos. Efeitos que funcionam à maneira de sacudidelas, e nos acordam para outras dimensões do existir, opostas à mecanicidade e superficialidade de nosso pensar e agir, seja individual ou junto com os outros.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
OFICINAS LITERÁRIAS EM PANAMBI/RS
Na terça-feira à tarde (08/06) e quarta-feira pela manhã e pela tarde (09/06) desenvolvemos oficinas literárias nas escolas municipais do município de Panambi. Visitamos as escolas E.M.E.F. Conrado Doeth e E.M.E.F. Bom Pastor.
Nas oficinas, partimos da importância da leitura como instigadora de nossa imaginação, possibilitando criar/inventar e, assim, desfrutarmos o direito da AUTORIA.
Após a declamação de um poema, ou da contação de uma história, enfatizamos para as crianças os elementos fundamentais que autores se fazem valer, tais como a surpresa no desfecho da história, ou uso criativo de imagens, etc.
Os poemas tornam-se mais atraentes se declamados em voz alta, se repetidos, memorizados, lidos para os outros. Prestando atenção, é claro, ao ritmo e à musicalidade.
Resta-nos agradecer neste blog o apoio do colega e amigo Ezequiel Paula dos Santos, pelos contatos, pela articulação das oficinas junto às escolas, enfim, pelo seu engajamento em questões ligadas à cultura e ao conhecimento.
Da mesma maneira, às direções das escolas, coordenações e ao grupo de profes que estiveram ligadas direta ou indiretamente à motivação dos alunos, para que estes se aproximem cada vez mais dos livros e da leitura.
Já estamos com saudades dos amigos (profes e alunos) que fizemos em Panambi. Basta um aceno, e voltaremos correndo para lá.
As atividades deram-se de maneira interativa, com as crianças de terceira, quarta, quinta, sexta, sétima e oitava séries. Os alunos haviam lido, com antecedência junto com suas professoras, os livros "Teco, o poeta sonhador, em: os mistérios do porão" e "Teco... em: segredos do coração".
Nas oficinas, partimos da importância da leitura como instigadora de nossa imaginação, possibilitando criar/inventar e, assim, desfrutarmos o direito da AUTORIA.
Após a declamação de um poema, ou da contação de uma história, enfatizamos para as crianças os elementos fundamentais que autores se fazem valer, tais como a surpresa no desfecho da história, ou uso criativo de imagens, etc.
Os poemas tornam-se mais atraentes se declamados em voz alta, se repetidos, memorizados, lidos para os outros. Prestando atenção, é claro, ao ritmo e à musicalidade.
Resta-nos agradecer neste blog o apoio do colega e amigo Ezequiel Paula dos Santos, pelos contatos, pela articulação das oficinas junto às escolas, enfim, pelo seu engajamento em questões ligadas à cultura e ao conhecimento.
Da mesma maneira, às direções das escolas, coordenações e ao grupo de profes que estiveram ligadas direta ou indiretamente à motivação dos alunos, para que estes se aproximem cada vez mais dos livros e da leitura.
Já estamos com saudades dos amigos (profes e alunos) que fizemos em Panambi. Basta um aceno, e voltaremos correndo para lá.
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Ovelha desgarrada
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