O nome estava sobre a mesa, junto a livros, recortes de jornais e anotações que faziam o papel de agendas.
Era vendedora de loja de artigos esportivos. Se comprasse o tênis, ela ganharia comissão.
Não sou de retornar a um compromisso, rabo entre as pernas, cumprir uma promessa qualquer. Vencem os apelos de tantos novos acontecimentos.
Não joguei nome e cartão no lixo porque o prazo de validade não estava vencido. Ou foi uma distração, como juntar à velha agenda mais um novo endereço.
- Quem sabe um dia não vá precisar?
- Quem sabe...
Mas o tempo é cruel e nos faz esquecer, ou embaralhar as peças, fazendo a tranqüilidade de nossa engrenagem emperrar.
Aprendi a usar o controle remoto. Conheço a função da tecla “pause”.
A memória, seu nome, os compromissos, todos, todos estão salvos.
Salvo, eu quero dar muitos abraços, os sentidos a cento e vinte por hora.
Sem raiva, rancor e obsessão pelo progresso.
Quero assoprar as brasas das experiências. Não deixar as cinzas tomarem conta de tudo.
A pausa é o intervalo que aguarda o “play”.
Entre pauses e plays, quero manter o controle (remoto) de mim mesmo.
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