Queria trocar o ranger de dentes
da escada rolante dos compromissos
pela harpa e suas cordas dedilháves
que acalmam os ouvidos.
Abolir os roncos
de lábios sedentos
raspando a lata de refri
com a flauta de um canudinho.
Queria libertar-me
dos toques de celulares
que atropelam as horas
como um sino
e espantar a cacofonia
das conversas diárias
como estrondo
de terremoto
imprevisto.
Gostaria de reaprender a ouvir
como se fosse a primeira vez
e como se fosse pra nunca mais.
Beber gole após gole
novos acordes
e notas musicais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Dois pra lá, dois pra cá
Eu podia estar num avião rumo a Fernando de Noronha, contemplando o mar azul-cartão-postal. Mas estou aqui, duelando com a senhoria do meu...
-
Nada a ver, menino! Baratas, sobreviventes neste planeta há 6 milhões de anos, passeiam pela sala cantarolando um samba do “Demô...
-
Eu trago comigo algum consolo, baby, de ter dançado entre vinis riscados enquanto o mundo ardia nas entrelinhas dos jornais. Me ensin...

Nenhum comentário:
Postar um comentário