quarta-feira, 27 de maio de 2009

DIA DO DESAFIO



DIA DO DESAFIO É...


Acordar nocauteado pela insônia, às quatro da manhã, e resignar-se com a derrocada das tarefas que planejou, junto com a queda (em dominó) das mensagens de entusiasmo, sucesso e saúde, que foram cuidadosamente escolhidas da leituras de livros e palestras de auto-ajuda.


DIA DO DESAFIO É...


Saber que a insônia resulta das contas a pagar no início do próximo mês. Com ou sem sono, elas continuam na memória, ou nos lembretes que penduramos na porta da geladeira. Podemos desafiar-nos a ser criativos, a rir e apelar para a auto-ironia. Ou resignar-nos, já que boa parte dos brasileiros estão numa pior. Apesar de que não sei se está na pior o ralado, que não tem muita noção de sua condição - da falta de perspectivas, presentes e futuras - ou você, que se acha na posse de uma visão crítica da sociedade!


DIA DO DESAFIO É...


Botar fé no amor, mesmo sabendo que essa “palavra” significa muito mais do que os clichês das músicas pop, novelas e revistas, que fazem fofoca de gente famosa. O desafio criativo é o de conseguir se convencer que o amor irrompe de inesperado e imprevisível, dos encontros e desencontros, para além do que propõem a moda e o corpo sarado, ou “ficar” com alguém, que não se conhece, só para se gabar na roda de amigos.


DIA DO DESAFIO É...


Ligar para um amigo (a), ou familiar, que não vemos a muitos anos, aceitando sem medo a saudade. O desafio criativo é perceber e admitir que algumas perdas não se deram por causa do destino, mas sim devido a nossas escolhas. Porém, ser criativo é fazer algum esforço para amenizar essas “distâncias” e perdas, e nos darmos a chance de voltar a escolher.


DIA DO DESAFIO É...


Ser bruscamente sacudido por um clic ou estalido, que desperta dentro de nós. Não porque lemos em algum lugar, ou porque andaram comentando. Recortar e guardar textos que consideramos interessantes não tem nada demais, principalmente se nossa memória acusa o golpe da idade. Porém, considero um desafio mais criativo ser despertado por um sentimento espontâneo, que não foi contrabandeado dos outros.


EIS UM SINGELO, mas não menos importante desafio: como ser eu mesmo, original, em meio a tantas cópias e modelos produzidos em série!

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