quinta-feira, 28 de julho de 2011

Faces no travesseiro



Faces bordadas no travesseiro
mascam chicletes e riem da minha cara
o tempo inteiro.

São miragens e me decifram
como ultrassom
então descubro que a razão
nada aprendeu com o amor.

Luzes e sombras ofuscam
a mais tenra cor
eu lembro do princípio
quando havia  a escuridão
o dia cansou e me ensinou
a guardar as cinzas dos livros
beijar punhados de flores
pra não entediar meu amor...

Amores são safras impossíveis
- agora descubro -
toda  vez que a noite
doira o sol!

terça-feira, 26 de julho de 2011

O que é importante?




Na roda de bar, ela falou:
- O que você escreve não é importante.
Considerei que agora, sim, eu tinha um bom assunto para um texto. Foi a partir daí que me pus a perguntar:
- O que é melhor, exibir sobre a mesa uma fruteira com frutas de plástico, ou frutas de verdade?
Segundo ela, algumas frutas de verdade poderão apodrecer, serão deixadas em segundo plano, já que gostamos de produtos industrializados.
- O que é melhor, considerar Amy Winehouse pelo aspecto particular, censurar sua dependência do álcool e drogas, ou se ater nos aspectos de sua genialidade musical? Ainda mais no atual contexto de invasão, na mídia, de bandos de artistas medíocres que iludem as massas...
Querida, as frutas de plástico trazem beleza aparente, mas não têm sabor, cheiro, odor... Não provocam nosso paladar. Permanecem no tempo, duram, e ao mesmo tempo não deixam lembranças, nem memória, não semeiam rastros em sua passagem.
- O importante é ideológico. Uma escolha, portanto.
Ela retruca: “Tudo é ideológico?”
Nos inquietamos. E concordamos: “Não sobra nada para a individualidade...” “Nunca mais vai ser possível sonhar com o original...”
“Tudo está perdido”, ela pondera. “Acho que não, eu digo”. Mesmo que o paradigma atual pareça ser o do Ctrlc/Ctrlv. Por todo lado, copiar, imitar, repetir...
Muita coisa cheira mal. Quantos de nós percebe? Quantos se importam? Não falo apenas da corrupção política, que os meios de comunicação denunciam. Refiro-me às ações diárias, em cada palmo de terra mais discreto onde nos movimentamos. Nossas intenções, implícitas, latentes, que incluem também ganhar dinheiro, comprar, acumular...
As frutas de plástico são lindas e não têm sabor. Não se transformam em matéria orgânica. São recicláveis, sem significar nada. Enfeites, práticas e inúteis.
- E as pessoas, também?
No limite, este texto também.
Me consola saber que nenhuma árvore foi derrubada. O texto nasceu e morreu no espaço virtual.
E a moça tem razão. Nada do que escrevo é importante.



quarta-feira, 13 de julho de 2011

Lolo Barnabé - Eva Furnari

No tempo em que as pessoas moravam em cavernas existiu um homem muito criativo e inteligente chamado Lolo Barnabé.

Aos vinte anos, lolo casou-se com Brisa. Ela também era como ele, criativa e inteligente. Casaram-se por amor. Muito amor.
Depois da lua-de-mel, escolheram a melhor caverna da região para morar e, logo no primeiro ano de casamento, tiveram um filho, o Finfo Barnabé, também criativo e inteligente.

Todos ao dias, Lolo saía para caçar e colhe frutas. A noite, sentavam-se todos em volta da fogueira, assavam a carne, cantavam canções e agradeciam a Deus pela beleza da vida.

Eram muito felizes... mas nem tanto

A caverna era úmida.
Por essa razão, Lolo e Brisa acharam melhor construir uma casa no alto do moro.
Teriam mais conforto e poderiam viver melhor.
Lolo, que era muito habilidoso, fez uma casa linda, e a família, animada, mudou-se para lá. Brisa queria que a casa fosse amarela e lolo, que amava a esposa e lhe fazia todas as vontades, pintou a casa de amarelo.
O tempo passou e eles estavam felizes... mas nem tanto.
Brisa não gostava de vestir aquela pele de animal. Sentia frio.
Então eles tiveram a idéia de fazer roupas mais adequadas. E, como ela também era habilidosa, inventou o vestido.Ficou animada e, em seguida, inventou o sutiã, a calcinha, a cueca, a camisa, a calça, a bermuda e o pijama. E Lolo inventou sapatos que combinassem.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Brisa achou que faltava uma coisa e falou para Lolo:
- Amor, não podemos deixar nossas belas roupas pelo chão. Você não acha que poderíamos fazer assim uma especie de móvel para guardar a roupa?
Lolo achou que era uma excelente idéia, tudo ia ficar mais limpo, e inventou o guarda-roupa. Como era muito habilidoso, fez um grande armário de cerejeira, cheio de gavetas, portas e puxadores cromados.
Finfo adorou, já tinha um lugar para se esconder quando brincasse de esconde-esconde com o pai.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Lolo tinha feito uam bagunça danada para construir o armário e Brisa ficou irritada.
Lolo, então, para acalmar a mulher, inventou a vassoura e achou que era melhor já fazer uma oficina longe de casa para não atrapalhar a felicidade do lar. E fez.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

No lar havia problemas. Finfo acordava sempre com o pijama sujo depois de dormir no chão.
Brisa discutiu a questão com o Lolo e eles acharam que podiam construir uam espécie de coisa assim, de madeira, com quatro pés, macia por cima. Ia ser muito mais confortável e a vida deles ia melhorar.

Lolo pensou bastante, trabalhou muito e inventou a cama. Como todos sabem, Lolo era caprichoso, e já inventou a cama com colchão, cobertor e travesseiro.
Brisa ficou encantada, principalmente com o travesseiro, que era a coisa mais macia do mundo.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Como eles almoçavam e jantavam em cima da coisa macia, a cama, estavam sujando muito os lençóis.
Lolo, então, inventou a mesa.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Acharam muito desconfortável comer de pé.Lolo trabalhou bastante e inventou a cadeira. Muito confortável, muito confortável mesmo, bem melhor que comer em pé. Aproveitou para ficar sentado por mais de uam hora, pois ele estava cansado de tanto inventar e construir coisas, além decaçar e colher frutas é claro.
Todos ficaram felizes... mas nem tanto.Lolo e Brisa estavam achando que cozinhar na fogueira dava muito trabalho e eles não queriam trabalhar tanto. Se inventassem algo mais prático, teriam mais tempo para ficar juntos, se divertir e descansar. Inventaram, então, o fogão a gás.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Lavar a roupa lá no rio também era coisa dura. Brisa e Lolo queriam facilitar essa tarefa. Pensaram muito e inventaram a água encanada e o tanque. E, já que tinham inventado a água encanda, inventaram logo o banheiro para não ter que ir no mato, a noite, no frio.
Deu trabalho, Lolo já trabalhava oito horas por dia, inventando e construindo coisas e, apesar do cansaço, o resultado compensava.
O banheiro ficou maravilhoso.
Fizeram uma festa com o sabonete, o xampu, o condicionador, o creme hidratante, a esponja de banho, o talco, o papel higiênico, o perfume, o mercurocromo, o algodão, a gaze, o esparadrapo, o cotonete, etc...
Lolo adorou o creme, a lamina de barbear, a loção pós-braba, o barbeador elétrico, o desodorante, etc...
Ficaram encantados com a escova de dentes, o creme dental, o protetor solar, o colírio, etc....
Divertiram-se muito com o pente, a escova, o grampo, o secador de cabelo, etc....
E enlouqueceram de alegria com o espelho.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Lolo tinha tanto trabalho e passava tantas horas por dia fora de casa, inventando coisas para dar conforto e facilitar a vida, que ficava estressado e com saudades do filho, que sempre estava dormindo quando ele chegava. Então Lolo inventou o tlefone, para que lês pudessem se falar diversas vezes por dia.
Todos ficaram felizes.... mas nem tanto.Pelo telefone não dava para abraçar, nem beijar. Então tiveram a idéia de Brisa ajuadá-lo na oficina, assim Lolo poderia chegar mais cedo do trabalho para abraçar e beijar o filho.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Brisa e Lolo, a noite, quando chegaram do trabalho, depois de abraçar e beijar o filho Finfo, ainda tinham que lavar a louça, a roupa, fazer o jantar, passar pano no chão e ficavam cansados, irritados, briguentos e enjoados de fazer todos os dias aquilo tudo. Naquele tempo ainda não tinham inventado a pizza delivery.

Acharam que a solução era facilitar as tarefas. Pensaram tanto que quase fritaram o cérebro quando inventaram, de uam so vez: o liquidificador, a batedeira a centyrifuga, a cafeteira, o espremedor, a garrafa térmica, etc...
O microondas, a torradeira, a sanduicheira, etc...
A maquina de lavar roupa, o sabão em pó, o detergente, o amaciante, o alvejante, o desinfetante, etc...

A geladeira, o freezer, a despensa, etc...
A maquina de lavar louça, a secadora, o balde, o esfregão, a lata de lixo, etc...
O carpete, o aspirador de pó, o tira-manchas, etc...
E, finalmente, inventaram o fim de semana, que ninguém é de ferro.

Todos ficaram felizes.... mas nem tanto.

Sempre tinha algum aparelho que encrencava e isso era dor de cabeça danada.
Eles tinham que levar para a oficina para consertar e, como já estavam acostumados com o conforto, ficavam extremamente irritados e impacientes de fazer as coisas na mão. Coisinhas como lavar a louça, a roupa, bater ovos....

Além do mais, a família Barnabé, agora era chique.
Lolo, Brisa e Finfo passaram a achar importante estarem sempre bonitos e elegantes. Não queriam mais andar de qualquer jeito, com a roupa amarrotada.
Não ficava bem.
Lolo inventou, então, o ferro de passar.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Dava um trabalho danado passar a roupa. E Brisa não tinha mais tempo, afinal ela trabalhava fora.
E Lolo, dessa vez, não se sabe por que, não conseguiu inventar uma máquina de passar roupa. Deve ter dado um tilt nas idéias dele.
Mas é compreensível, porque, afinal, ele também era humano e as vezes falhava.
Lolo ficou muito depremido e pensativo, mas a mulher foi compreensiva e arranjou uma solução: chamou sua prima para vir todos os dias passar a roupa.
Era uma ótima idéia, porque ela poderia fazer também as outras coisas na oficina.
A prima queria alguma recompensa por trabalhar na casa e então inventaram o dinheiro e deram para ela um salário. Como era pouquinho, chamaram de salário mínimo.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Finfo ficava sozinho o dia inteiro sem mãe nem o pai por perto. Sentia-se infeliz, não tinha com quem brincar, já que a prima de brisa também so ficava cuidando da casa.Então lolo e brisa inventaram a televisão, o sofá e o controle remoto.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.

Eles chegavam a noite tão cansados do trabalho e o Finfo querendo brincar e eles querendo descansar que acabavam brigando. Depois, também, cansados de brigar, sentavam-se todos na frente da televisão e ficavam hipnotizados e mudos como sacos de batata.
A família Barnabé sentia que aquilo não estavam bom.

Havia alguma coisa errada naquela historia, mas era difícil, entender o que é que estava errado.
A situação parecia um grande nó.
Lolo e Brisa pensaram logo em inventar mais alguma coisa, mas pela primeira vez não sabiam o que fazer. E, na verdade, pela primeira vez também perceberam que não era o caso de inventar mais nada.
Então eles foram para o quintal, acenderam uma fogueira e sentaram-se em volta dela, muito tristes buscando uma saída.
Olhando para o fogo, entenderam que eles mesmos tinham criado aquela situação.

E ficaram muito infelizes... mas nem tanto.

Lolo contou uma historia e Finfo contou outra. Brisa entoou uma canção e lembrou-se de fazer algo
que havia muito tempo não fazia: agradecer a Deus pela beleza da vida.Finalmente entenderam que, se eles mesmos tinham feito aquela armadilha, eles mesmospoderiam desfaze-la. Eles eram bem criativos e inteligentes.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Encontrei um oásis

Estava no ônibus, numa viagem de dia e meio. Cansado de ler, ouvir música, dormir, pensei anotar algo que me chamasse a atenção. Podia ser um gesto, uma paisagem, uma frase pronunciada por alguém.
Eis que uma jovem garota com seu filho de 2, 3 anos, sentados próximo ao meu banco, inventaram brinquedo novo para enganar o tempo. Assopravam bolhas de sabão, que subiam, umas pequenas, outras maiores, e beijavam, suavemente, o teto do ônibus.
Quando o menino assoprava, ele via, fascinado, nascerem novos palnetas. Lembrei de um fato dias atrás, após ler uma história para alunos de oitava série. Uma aluna afirmou que não sabia o que era uma metáfora. Disse-lhe que significava dizer uma coisa com outra coisa. Não busquei a resposta no dicionário, mas de uma fala de Pablo Neruda ao Carteiro, no filme O carteiro e o poeta.
As vivências e a consequente amizade entre o poeta e o carteiro são fascinantes. Ainda mais quando o segundo descobre que a poesia pode ajudá-lo a conquistar a mulher por quem se apaixonara.
As cenas desse filme italiando, bem como a brincadeira da mãe com o menino, no ônibus, mostraram-me o que pode ser a poesia e o poeta. Algo simples, e que ao mesmo tempo não pode ser explicada.Ocorre naquele justo instante em que captamos (capturamos?) a beleza, de um fato, imagem, etc.
Em meio a uma viagem que parecia interminável, ganhei o meu dia, pois descobri um oásis: vi com meus olhos o nascimento da poesia.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O rato Roque - Sergio Capparelli


O rato Roque
roque, roque
Rói o queijo
roque, roque
Rói a cama
roque, roque
O pé da mesa
roque, roque
Rói o pão
roque, roque
O coração
roque, roque
De Tereza
roque, roque
Rói o tempo
roque, roque
Rói a hora
roque, roque
E o vestido
roque, roque
De Maria
roque, roque
Rói a rua
roque, roque
Rói o beijo
roque, roque
Rói a lua
roque, roque.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Dona Santa Eduvirgens - Cezar Dias


Minha namorada, cujos olhos têm propriedade para ver o que é do mundo (flor, estrela, muro), também sabe – e muito bem – contar histórias. E, contando, ela ensina. Outro dia, à hora do almoço, aprendi que às vezes ignorar é melhor que saber, e que, ao contrário do ditado, há benefícios que vêm para o mal.
A avó dela, que teve quinze filhos, enquanto pariu, nunca visitou um consultório médico. Um tio-avô que ela tinha como pai era quem trazia à luz os pequenos Mancini. Contrariando as estatísticas é que seus rebentos nasceram e cresceram saudáveis. E assim ela também ia se mantendo.
Um dia, o útero, sempre tão solícito, cansou. Aproveitando-se desse descuido, um pequeno tumor começou a trabalhar no seu ardiloso intento. Primeiro, uma dorzinha surgiu aqui, depois ali, até que a matrona, preocupada, decidiu ir consultar.
Dona Santa Eduvirgens, cujo nome nada tinha a ver com o número de filhos que tivera, foi, pela primeira vez, à ginecologista. A doutora, formada na capital e especializada no exterior, depois de alguns exames e da melhor maneira possível, deu-lhe a notícia: “a senhora tem um câncer em estágio avançado, Dona Santa”, falou com uma voz trêmula. Depois continuou: “Sinto muito, não há o que fazer”.
“Em casa, minha avó viveu mais duas semanas”, disse minha namorada, “e, de acordo com ela mesma, tudo porque tinha ido ao médico”.

do livro Tubarão com a faca nas costas. Ministério da Educação, Coleção Literatura para todos, 2006. 

domingo, 26 de junho de 2011

Ela não é daqui



As atenções se voltam, como parabólicas bem comportadas, para julho que se atrasou.
Ela virá no inverno para trazer seu calor. Vem de incríveis conjunções dos astros, surpreendendo os mais céticos, que insistem e duelar com verdades em batalhas para ambos perdidas.
Para ela, garra vital não depende da juventude. Amor não se agarra à força bruta.
Procuro segredos nas cores e na tintura dos seus cabelos, no esmalte das unhas bem feitas, nos traçados do batom em sua boca.
Mais do que os desenhos do tempo, que molduram seu olhar, o que me surpreende é seu querer.
Ela sabe o que quer, e ri de minhas dúvidas maduras. Ela sabe onde chegar, e confia nas coordenadas de minha vida. Não importa se eu não sei. "Precisas perder o medo de amar", ela me diz.
Eu brinco com meus vacilos, nas horas mais sérias do dia.
Ela sabe que pousou no meu mundo para ficar, como as melhores músicas que foram temas de novela.
Ela trouxe tanta luz, o sol mudou sua rotina, o dia deixou de temer  a noite.
Muitas folhas em branco aguardam para que eu diga o que sinto. Folhas que se despedem no inverno, que se despem para que volte a primavera, como  livros abertos, páginas marcadas com frases que contornam nossa vida - todos vão me acompanhar pelas manhãs, porque um  sonhador foi pego de surpresa pelas delicias do seu amor.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Rio




Rio de mim
dos meus conflitos
por estar sem roupa
e por falar esquisito.
Rio quando estou só
falo alto e me tomo de assalto
então me assusto pois recordo
a água indiferente a passar
sob a ponte.
Rio do mundo:
mundo novo
velho mundo.
Rio de tudo e até mesmo
das lembranças.
Me visito:
não tenho idéias
nem platéia
além das velhas.
Rio das crenças
e mentiras verdadeiras.
Rio dos filmes que vi
e dos que deixei passar.
Rio sem graça quando penso
que posso perder o rumo sem o rumor
de uma aventura que não vivi.
Rio da vida minha arte.
Rio do dinheiro e felicidade.
Rio o tempo inteiro
só pela metade.
Rio por alimentar
o meu mundo artificial.
Rio por ser escravo conquistador.
Rio do ciúme e do amor.
Rio dos vermes
rio das traças
rio das agendas
rio das desgraças.
rio dos pobres
rio das causas
rio das canções
rio das falas
rio espontâneo
rio sem valor
rio, meu rio,
sem teu riso
nada sou!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Contação de histórias




Na sexta-feira, 17, esteve presente no Colégio Comendador Soares de Barros em Ajuricaba, o escritor Américo Piovesan, autor de livros infanto-juvenis, criador do personagem “Teco, o poeta sonhador”.


O escritor realizou contação de histórias para alunos do 4º ano a 8ª série e Ensino Médio, falou sobre a importância da leitura e autografou livros adquiridos pelos alunos.


O encontro faz parte do projeto de leitura desenvolvido na escola e visa aproximar escritores e alunos, no intuito de incentivar a formação de novos leitores e a difusão da literatura.































quinta-feira, 16 de junho de 2011

FOME


Mendigo 1:

- Eu tive dor de estômago a noite toda.

Mendigo 2:

- Eu também. Será que foi alguma coisa que a gente não comeu?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Para descontrair


Um repórter entrevistando um pirata:
- Por que o senhor usa perna de pau?
- Ah... a gente estava atacando um navio e, de repente, um tiro de canhão cortou fora  a minha perna!
- E esse gancho na sua mão direita?
- Ah... a gente estava atacando um navio e, de repente, alguém com uma espada cortou fora o meu braço!
- E esse olho de vidro?
- Ah... a gente estava descansando em uma praia e entrou um cisco no meu olho e deu nisso.
- Mas... um cisco não cega ninguém!!
- Não foi o cisco. É que era o primeiro dia que eu usava o gancho no lugar da mão.

Utopia

  Ontem cruzei pelo Janjão, sujeito meio andarilho e meio morador das ruas do A. Texas, e perguntei-lhe se está curtindo a leitura do li...