Cada
vez mais você se convence de que essas conversas nas paradas de ônibus, nas lancherias,
nos bancos de praça e de consultórios e de escritórios, você acredita que elas farão
pouca diferença para os rumos do mundo. Também as notícias que sugamos das
redes sociais e outras coisas mais que estonteiam nossa alma e ouvidos, no
máximo contribuirão para nosso estresse e excessos na comida e bebida e então
tome-lhe intestino preso ou flatulência ou enxaqueca.
Gurus,
seja de que área for, vomitam suas teses aleatórias, que insistem que são
verdade, e o fazem para angariar mais seguidores e engordar sua conta bancária.
O
AGORA não passa de um momento qualquer no interior de um caldeirão fervente e
borbulhante, com vários ingredientes em conflito, às vezes em fogo alto, às
vezes em fogo baixo. Mas você vive ESSE momento. Aproveite-o, então.
Sim,
você pode saltar da ponte e rodopiar e ser recolhido num saco com os ossos
quebrados, e ser transportado até a perícia, numa frieza e objetividade, como
se fosse um saco de adubo para plantas, depois aguardar no necrotério, devidamente
numerado e com atestado de óbito para então ser despachado pro cemitério e logo
ser esquecido.
A
fervura continua, indiferente.
Você
pode ir à Marte, armar a barraca, cultivar abobrinhas, e nada mudará, serão apenas
notícias passageiras. Porém, esse é o TEU momento. Aproveite.
Não
vale à pena sofrer se não chamares atenção. Há tantos egos que se posicionam
como se fossem o centro, porém logo tudo vira página de jornal que vai acender
o fogo da lareira ou receber o cocô de cães e gatos da família.
Vivamos
esse aleatório, embora seja um instante no interior de um processo que se desdobra
há bilhões de anos.
Apesar
de tudo, esse é o TEU momento. Então, aproveite. Faça algo que dê prazer, como
era o BRINCAR, na infância.