Dia desses sonhei que convivia há séculos
com uma senhora portadora
de necessidades
indecifráveis,
talvez psíquicas,
talvez físicas.
Desde pequeno
a igreja me convenceu
de que idolatrar o corpo
é obra do desespero,
de quem não tem alma,
de quem não saca o barato
que é ter uma...
Acordei e refleti um tantinho
e concluí que o sonho
foi uma viagem
obediente à rota idealista.
Fosse por tantos ideais pregados,
a humanidade seria hoje
letrada
e justa,
um paraíso
com suas portas e janelas
nos abraçando.
Há sonhos que não passam de ano.
Há sonhos que logo desmoronam
no esquecimento.
(B. B. Palermo)
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