Por qualquer lugar que ande
por qualquer lugar que olhe
pessoas remoem sandices
e tomam muita água,
dilúvios
descendo
goela
a baixo.
Pessoas fazem filas
diante dos banheiros,
muito líquido drenando
rins,
pobrezinhos a todo vapor
como turbinas de aviões
gigantes,
subindo, subindo,
até a mijadeira
explodir.
Bebemos, bebemos, enquanto esperamos
algo
acontecer,
nos esgueiramos
na penumbra,
esguichamos
nossa urina
desenhando
bobageiras
nos pálidos muros
dessa cidade
estranha.
(B. B. Palermo)
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