sábado, 21 de setembro de 2024

A maluquinha do 303

 

Ela se mostra e se esconde

e não sabe (ainda?) que eu topo uma historinha a 3,

desde que não dure mais do que 1 ano e meio,

no máximo 2.

Depois disso, os capetinhas das garotas, e também os meus,

entram em campo e bagunçam o jogo.

Ela é mãe e pai do namorido,

mas eu também sou, e até os meus melhores amigos

e outros mais, fantasiam a sua mamãe.

Faz parte – soube depois de ler nuns romances

que tratam da psicologia dos humanos –

preste atenção no Nelson Rodrigues,

inspirado em Dostoievski.

A maluquinha do 303 se esconde e logo me ataca,

e suas investidas, claro, ficam no “quase”,

e é por isso que eu me frustro e sou possuído

por uns sonhos eróticos e masturbações

às 4 horas da manhã.

 

(B. B. Palermo)


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