Você está morto e de nada importam
as cenas das novelas,
os jogos nos pay-per-views,
o noticiário nacional e internacional.
A lua segue seu caminho,
algumas vezes é lembrada e contemplada por apaixonados,
enquanto você despenca
no esquecimento.
Ator, empresário,
pai, filho,
neto, padre, pastor,
você já teve palcos,
vacilou, sacudiu a poeira
e se regozijou.
A vida cansa,
há a fadiga dos metais,
de cérebros,
corações, rins,
fígados, etc. etc. etc.
Papéis representados,
provisórios, ilusórios,
não acreditarmos que somos coadjuvantes
e por tempo limitadíssimo,
ridículo ou sublime.
Fique ligado,
você ainda está vivo
e a vida se alimenta do
movimento,
somos uns palermas emigrantes,
mutantes,
agarre a vida enquanto ela te acena.
Você pode ter bons momentos.
Não embarque no pessimismo semeado por aí,
dizendo:
DOS HUMANOS EU NADA ESPERO.
Tudo certo.
Não espere dos outros.
Espere de você.
(B. B. Palermo)
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