Lá as pessoas carregam
livros e leem, nas praças e metrôs e ônibus...
Ela se diz independente
e é casada e conversa comigo no Messenger.
Adoro imaginá-la assim,
longe, tanto faz se estivesse na minha rua ou na Amazônia ou Paris ou Nova York
ou Berlim ou Londres.
Ela tem alma, mas está
fora de questão me apaixonar. Assim como está, já estou infeliz o suficiente.
Até proibi que me
mandasse áudios. Sua voz me enlouquecia e roubava o sono, como se estivesse
murmurando nos meus ouvidos canções de ninar.
Ontem ela veio com
essa:
- Oi. Estou trançando
minha juba. Amei umas frases que tu usou naquela história. Logo te explico.
- Tá bem. Vê se manda
uma foto pra eu ver como ficou tua juba lindona!
Já se passaram 24h e
nenhuma notícia. Nem das frases, nem da juba.
Nossa! Como essa vida solitária me
deixa melancólico e feliz!
(B. B. Palermo)
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