segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

NOTAS DE UM CADELÃO

Estava no centro da cidade e cruzei por duas garotas cujas camisetas estampavam o nome CÉLINE. Será que elas leram o grande livro dele, "Viagem ao fim da noite"? Ou pelo menos ouviram falar desse grande escritor, a época que viveu, sua escolhas na política (apoiou o anti-semitismo), a desgraça de ter caído no esquecimento na última parte de sua vida... Talvez as peculiaridades, e também a visão de mundo, desses gênios signifique nada para grande parte das gerações atuais. Será que teriam razão em bradar que não têm nada a ver com histórias, artes e ideias de gerações passadas? Ah, esqueci de dizer: as estampas das camisetas eram bem bonitas!
OBS.: acabei de consultar o Google e percebi meu erro: as estampas não têm nada a ver com o escritor Louis-Férdinand Céline, mas sim com outra marca. Foi mal.
Já que estamos nessa, vou trazer aqui algumas frases... do escritor:

“Quando não se tem imaginação, morrer é pouca coisa, quando se tem, morrer é demasiado.” 
“A maior parte das pessoas morre apenas no último momento; outras começam a morrer e a ocupar-se da morte vinte anos antes, e às vezes até mais. São os infelizes da terra.” 
“Confiar nos homens é já deixar-se matar um pouco.” 

(Diário de B. B. Palermo)


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