Foram 9 horas num ônibus,
e no caminho remoí o prazer
e o cansaço dos reencontros
com amigos,
e também as novidades,
fofocas e perplexidades.
Flanando por uma avenida
do Texas
em direção ao lar
e ao mar,
respiro fundo
e agarro a vida,
as alegrias e tristezas
que terei
pela frente.
Passei diante do cantinho
onde se instalava o Arthur,
um amigo morador de rua,
e experimentei estranha dor -
não havia mais um lar.
Perdas são tsunamis,
e duvido que alguém esteja
preparado.
Certo dia seu Arthur
prometeu
contar sua história
e por que ainda insiste
que seu lar
sejam as ruas.
(B. B. Palermo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário