Novo lar.
Pensei estar livre
dos fantasmas kafkianos.
Aconteceu de madrugada,
ao acender a luz do banheiro.
Ela veio em minha direção, atordoada,
suas perguntas eram as minhas,
uma bobajada, talvez -
Deus, amor, bem, mal, sexo, sexo, sexo.
A barata e eu, repletos de dilemas.
Quem sou?
Por que devo existir?
Devo matar primeiro papai,
Deus,
o patrão
ou a barata?
Sugara na véspera 7ceva ou 12ceva?
Interrogações
interrogações
interrogações:
quantas chineladas devo dar na bichinha?
De quantas chinelagens necessito
para estar à altura
dos meus irmãos?
(B. B. Palermo)
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