Cambaleantes, latões numa mão,
a outra segurando a caixa térmica
das bebidas,
os caras retornam da praia à tardinha.
Suas esposas enormes e sérias
e narizes empinados
debulham ladainhas
e seguem na frente,
indicando o caminho.
As crianças, bem nutridas
e com algum tédio,
caminham lentamente.
Diante dos sujeitos embriagados,
empurrando seus porres
e casamentos e férias,
é impossível não me perguntar:
Será que um dia eu chego lá?
(B. B. Palermo)
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