Olho
pra mulher séria
saindo
do banheiro do bar
e
desconfio que ela é mais uma tia do Whats,
irmã,
parente ou conhecida,
bem
intencionada em sua urgente missão
pra
nocautear de vez
os
problemas da política,
jogando
no caldeirão do inferno
quem
pensar diferente.
Seu
olhar demorado me alerta
para
os caminhos do bem.
Não
vejo nele qualquer solidão,
angústia
ou dúvida
com
relação
aos
caminhos pro futuro.
Nenhuma
sinfonia de Beethoven,
nenhum
pesadelo infantil...
Desconfio
que ela me vê um velho sujo e feio...
É
inevitável o estalo:
sábios
e sábias, tementes a Deus,
viemos
direto da Idade Média,
ou
compartilhamos nossas fakes
desde
o tempo em que os macacos desceram das árvores
e
decidiram não mais caminhar de 4.
(B.
B. Palermo)
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