Uma
obsessão enfeitiçou teus olhos:
atrair
uma dezena de boys,
explorar
o que dispões no momento,
realçar
as curvas do corpo,
metida
num biquini que mostra tons do bronzeado
derramados
sobre tuas curvas.
Isso
me faz lembrar daquela música que diz que
"a
nossa vida corre contra o tempo (...).
Somos
castelo de areia na beira do mar...".
Baby,
deve haver outras saídas,
e logo
chegam os quarenta,
os
cinquenta, os sessenta anos,
e você
vai precisar distrair teu corpo.
Faça
como muitas e muitos por aí:
aprenda
outra língua, leia mais livros,
faça uma pós-graduação.
Você
não está equivocada ao mergulhar nas câmeras fotográficas
que te
refletem em direção aos olhos dos outros.
Nossa
duração não é eterna,
somos
herdeiros do clic, do flash,
de
luzes foscamente brilhantes,
o que
vale é o aqui e agora.
Ninguém
quer saber se amanhã as comportas não suportem o fluxo da vida,
e se o
lago de nossas tentativas e acertos e erros ameaça estourar,
e se
estaremos uns mais vulneráveis do que os outros,
e se
alguns terão mais luz do que os outros...
E é
angustiante demais saber
que
"somos castelos de areia na beira do mar"!
(B. B.
Palermo)
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