Para
essas criaturas quase divinas,
bem-sucedidas
em tudo,
o
amor é perfeito,
pouco
importa se muitas vezes não tenha fogo e paixão e corpo.
Cruzei
diversas vezes por esse estranho cidadão.
A
cada dia com seus disfarces e máscaras
e
promessas e desculpas.
Ouço
as criaturas cantarem em verso e prosa seu amor impossível,
tramado
por um jogo de palavras, retas e redondas e quadradas,
claras
ou obscuras, estressadas ou surdas, solitárias ou bem-resolvidas,
bem-mastigadas ou mal-comidas.
Cantam
o amor jogando para o alto tais jogos de palavras,
enquanto
as últimas sempre debocham de seus sonhos idealizados de amor.
(B.
B. Palermo)
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