Impassível ao movimento da rua,
às cores e formas e barulhos... Alheia a tudo, a moto abandonada me faz
pensar quem é e onde andará seu Dono.
Eis que surge a proprietária.
Uma linda garota.
Como a invejo. Aposto que ela não possui
síndrome do pânico, não sua frio, nem perde o sono em véspera de prova. Sim,
ela é muito mais ágil e prática do que esta criatura que muito sofre ao não
obedecer.
Sonhei um dia ser vegano,
etecétera e tal, mas tudo o que consigo é mover a sanfona da barriga: engordar,
emagrecer, emagrecer, engordar...
A garota da moto, tal qual
a avenida, parece indiferente ao que penso e sinto. Ao que todo mundo sente e
pensa. Dane-se o mundo. Ela só quer ir e vir. Sonhar, imaginar, se dar bem, se
dar mal... E, mais do que tudo, pilotar, estacionar, ir em frente, sempre e sempre buscar.
(TIRADAS do Teco, o poeta
sonhador)
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