Este poema relata o que acontece quando deixamos de ser crianças e nos tornamos adultos. Pode-se dizer que é uma outra versão para o "fruto proibido no paraíso".
Fui andar pelo Jardim do Amor,
e o que eu vi não era o que eu esperava:
vi uma capela erguida no lugar
onde antes, no gramado, as crianças
[brincavam.
Seu portão fechado estava
e nele escrito: Interditado.
Para o jardim do amor corri então
onde antes tantas flores se abriam.
Mas encontrei, ao invés das flores,
[sepulturas,
e lápides frias espalhadas.
Sacerdotes em vestes negras vigiavam
e com espinhos os risos e alegrias proibiam.
(Do livro de Rubem Alves Perguntaram-me se acredito em Deus.)
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