No seu pulsar maluco, a cidade me expulsa.
Só que nesse pulsar do inferno, de pneus rangendo e freios sem governo, eu consigo ver um carinho, no toque dos dedos, no beijo dos apaixonados.
No pulsar do oleo diesel, do caminhão matraqueando, eu sinto meu amor distante pulsar apaixonada, na declaração do torpedo...
Seu amor me tira do sério, um tornado em meu quintal, um gato, um cão abandonado, a indagar sinceridade.
No pulsar que estou vendo, nem tudo são negócios, férias, décimo terceiro... Tudo são ensaios, às vezes de braços cruzados, ou de passos desencontrados.
Na dança bufante do ônibus, no seu ir e vir, a cada fim de noite a brisa vem tudo acalmar. E ganho sem reclamar horas e horas de insônia, para não parar de pensar...
Esse meu coração não escapa do pulsar de rodas, freadas, subidas e decidas pra acelerar...
Vejo-me jogado no meio do jogo. O tudo, o nada, um Deus, um estorvo, uma aposta, um sonho.
Parabéns Américo, amigo que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente entre “Teco, O Poeta Sonhador” e livros filosóficos, presenciando demonstrações de carinho e respeito através de seus alunos, ex-alunos e amigos admiradores de seu belíssimo trabalho.
ResponderExcluirVamos ver se consigo captar a ideia e o pensar do autor no artigo “Pulsar”, de acordo com minha visão:
A distância é criadora de ilusões, e proporciona uma sensação única, inexistente na aproximação constante.
É um querer que atiça os desejos pela ausência, energia que se dispersa lentamente quando se abrem as comportas da represa das ilusões.
O pensamento doído e gozozo ganha vida através da cadência dos sonhos compartilhados através dos torpedos ensaiados.
E o sonho termina quando os suspiros de paixão dão lugar ao ranger de dentes da aproximação.
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