Na tarde de quinta-feira, 05 de novembro, junto à feira do livro na Praça da República, proporcionamos para as crianças de escolas de Ijuí momentos de contação de histórias e oficina de poesias. Num primeiro momento, que chamamos de Histórias que o povo conta, contamos histórias extraídas da cultura popular brasileira, como O macaco e a boneca de cera, livro de Sônia Junqueira e, na seqüência, O macaco e a velha, que é uma outra versão com os mesmos personagens(dentre muitas de outras versões de nossa tradição cultural). Também a história do escritor brasileiro Ricardo Azevedo, A tartaruga e a fruta amarela.
Num mundo repleto de individualismo, e também do imediatismo e velocidade que a tecnologia nos proporciona, retomar a cultura popular é valorizar a experiência coletiva. É isso que defendemos, através da contação de histórias: reconstruir o discurso coletivo. Principalmente para não sermos tragados e engolidos pelo mundo virtual. Enquanto que o tempo da cultura atual é o do imediatismo, do instante, a cultura popular nos coloca em tempos de longa duração.
Num mundo repleto de individualismo, e também do imediatismo e velocidade que a tecnologia nos proporciona, retomar a cultura popular é valorizar a experiência coletiva. É isso que defendemos, através da contação de histórias: reconstruir o discurso coletivo. Principalmente para não sermos tragados e engolidos pelo mundo virtual. Enquanto que o tempo da cultura atual é o do imediatismo, do instante, a cultura popular nos coloca em tempos de longa duração.
Num segundo momento, desenvolvemos declamação de poemas, principalmente dos poetas brasileiros, Sérgio Capparelli e Ricardo da Cunha Lima. Ler poemas em voz alta não é bem ler: ao fazer isso, exploramos seu ritmo, sua musicalidade, com ouvidos bem atentos, e assim a experienciamos com mais profundidade.
A poesia está no cotidiano, e passa pelos nossos olhos e ouvidos. Está no lúdico, na alegria, nos brinquedos, na corporeidade. Isso as crianças vivem, diferente dos adultos que acham que poesia é algo difícil, distante. Nosso objetivo, com essas oficinas, é redescobrirmos a poesia que há na vida.
A contação de histórias que apresentamos na feira do livro de nosso município decorre do projeto que desenvolvemos na escola IMEAB (Instituto Municipal de Educação Assis Brasil). Nesta escola, desenvolmemos 28 horas semanais, junto a turmas da pré-escola até quarto ano, intitulado A hora do conto.
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