Chamou-me pra dançar um samba do Cartola,
“Preciso me encontrar”.
Meio tímido, meio constrangido, eu falei:
Ela riu.
Sacou o que eu quis dizer.
“Vem, meu bem! Deixa que eu te ensino.
Te solta, relaxa, confia em mim!”.
No final da festa, quase nos meus braços,
ela sacudiu as minhas mãos e sussurrou:
“Nunca soube o teu nome.
Aliás, ninguém lá em casa sabe.
Todas - minha filha, mamãe e titia -
te chamamos de o Poeta...”.
(B. B. Palermo)
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