Cara, às vezes sinto algo estranho
e que dá uma aflição.
É assim: eu posso, quero e até leio bons livros,
e sei o quanto isso é importante para minha alma
e sensibilidade e imaginação e etc. e tals.
Livros esses que meus familiares e seus pais
e os pais de seus pais nunca leram.
Estão perdoados, sempre estiveram ocupados
em “ganhar” a vida.
Parece que exageraram em apostar todas as fichas
em outras vidas, melhores do que a
que tiveram por aqui.
Não consigo adiar pra amanhã o mel e o fel
que desfruto neste cotidiano.
Cada vez mais me convenço
de que um dia (aleatório) vou dormir
e não mais acordar.
Velho, vai ser um belo sono (eterno), hein?
(B.
B. Palermo)
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