sexta-feira, 26 de outubro de 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Lançamento da Feira do Livro de Ijuí/R.S.
Ao pesquisarmos sobre o quanto o conteúdo dos livros (as suas histórias)
dão sentido à nossa vida, somos levados a refletir até que ponto, dentre tantas
coisas que desejamos ter, o livro é objeto de nossas aspirações.
Nesse mundo de demasiado consumo, objetos, como celular, redes sociais
virtuais, tais como facebook, orkut, twitter, etc., por si só não possuem
conteúdo. O conteúdo de fato vem das histórias (narrativas), que ganham vida através
da nossa imaginação e da criatividade.
Os objetos por si só não nos tornam melhores, ou mais, ou menos
sensíveis. Nossa base de emoções se dá, em boa medida, pelas nossas leituras.
Elas é que nos dão suporte, ou nos ajudam a suportar (e enfrentar) essa cultura
de individualismos, competição e consumismo.
Pretendemos que na infância, além do brincar, sejam despertadas a
sensibilidade e a habilidade de ler, escrever e interpretar, ter opinião
própria, autonomia para fazer escolhas e, sempre, ter um horizonte ético que dê
o norte correto para o convívio social. Estudos mostram que, quanto mais cedo a
criança começar a ler, mais cedo
aprenderá e desenvolverá a concentração. Além disso, sua desenvoltura,
disciplina, cooperação e bons índices de aprendizagem têm relação direta com o
número de livros por ela lidos.
Notamos, em elevado grau, a falta de imaginação, individual e coletiva. E
o espaço da escola contribui, ou para manter isso, ou para se contrapor a esse
quadro. Diante dessa realidade é que propomos ir às escolas (enquanto escritor
e contador de histórias), com o objetivo de mostrar que ler e escrever não é
privilégio de poucos, mas sim algo próximo de todos nós, e é nessa “prática” ou
“exercício” que vamos emoldurando o “quadro” (retrato) de nossa história. A
partir dessas vivências cotidianas é que vamos percebendo nosso papel na
sociedade.
Não vamos nos contentar com muito pouco. Iludidos, buscamos a satisfação
nas coisas, no dinheiro, e não percebemos que o valor maior (o TESOURO HUMANO)
está na AUTORIA de nós mesmos, que em boa medida só é possível pelos livros e a
leitura.
Queremos de público agradecer à administração municipal, à SMED e ao
IMEAB pelo espaço a nós proporcionado, de poder dedicar 20 horas semanais para
contar histórias e apresentar livros e autores aos nossos alunos. Desse
exercício na escola é que fomos tomando consciência desse importante papel de
formar leitores.
Uma ótima Feira do Livro Municipal 2012 a todos nós!
(Discurso do
Patrono da Feira do Livro de Ijuí, (Américo Piovesan) no dia do lançamento da feira, no SESC).
domingo, 21 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
O meu país - Zé Ramalho
http://letras.mus.br/ze-ramalho/400344/
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem Deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram-se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país
Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país
Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio-x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o Brasil em mil Brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Oficina de contação de histórias e declamação de poemas
No dia 10 de outubro o escritor, professor e contador de histórias
Américo Piovesan esteve na escola Estadual de Ensino Fundamental São
Pio X, Vila Salto, município de Bozano, participando da abertura da
feira do livro da escola.
Os patronos da feira desse ano foram os Irmãos Grimm, sendo que todo
o cenário do salão da escola foi criado a partir de sua obra.
O objetivo principal da feira do livro da escola é o de continuar
despertando o gosto dos seus alunos pela leitura. Nesse sentido, a
Livraria Nova Geração expôs centenas de livros na escola para que os
alunos pudessem conhecê-los e adquirí-los.
Na abertura da feira do livro da escola, Américo Piovesan apresentou
seus livros aos alunos, falando sobre como surgiu a temática de cada
um. Falou também da escrita como atividade criativa, e que cada aluno
pode escrever de maneira divertida e também critica. Ressaltou a
importância de se observar e imaginar cenas e personagens, e também
comportamentos e outras características das pessoas que cruzamos no
cotidiano.
Em um segundo momento, o escritor contou algumas histórias e
declamou poemas. Seu objetivo foi o de exercitar a sensibilização, para
despertar nas crianças o gosto pelos livros e a leitura.
Assinar:
Postagens (Atom)
Ele já estava lá
As pessoas por perto pareciam murchas, daquele jeito, de ideias, uns sonâmbulos, e cansei também de trocar confidências com os cães ...
-
Nada a ver, menino! Baratas, sobreviventes neste planeta há 6 milhões de anos, passeiam pela sala cantarolando um samba do “Demô...
-
Garota, nossos destinos têm pernas bambas e percorrem umas trilhas nada paralelas. Veja bem, você não leu Schopenhauer nem Han...