Ao pesquisarmos sobre o quanto o conteúdo dos livros (as suas histórias)
dão sentido à nossa vida, somos levados a refletir até que ponto, dentre tantas
coisas que desejamos ter, o livro é objeto de nossas aspirações.
Nesse mundo de demasiado consumo, objetos, como celular, redes sociais
virtuais, tais como facebook, orkut, twitter, etc., por si só não possuem
conteúdo. O conteúdo de fato vem das histórias (narrativas), que ganham vida através
da nossa imaginação e da criatividade.
Os objetos por si só não nos tornam melhores, ou mais, ou menos
sensíveis. Nossa base de emoções se dá, em boa medida, pelas nossas leituras.
Elas é que nos dão suporte, ou nos ajudam a suportar (e enfrentar) essa cultura
de individualismos, competição e consumismo.
Pretendemos que na infância, além do brincar, sejam despertadas a
sensibilidade e a habilidade de ler, escrever e interpretar, ter opinião
própria, autonomia para fazer escolhas e, sempre, ter um horizonte ético que dê
o norte correto para o convívio social. Estudos mostram que, quanto mais cedo a
criança começar a ler, mais cedo
aprenderá e desenvolverá a concentração. Além disso, sua desenvoltura,
disciplina, cooperação e bons índices de aprendizagem têm relação direta com o
número de livros por ela lidos.
Notamos, em elevado grau, a falta de imaginação, individual e coletiva. E
o espaço da escola contribui, ou para manter isso, ou para se contrapor a esse
quadro. Diante dessa realidade é que propomos ir às escolas (enquanto escritor
e contador de histórias), com o objetivo de mostrar que ler e escrever não é
privilégio de poucos, mas sim algo próximo de todos nós, e é nessa “prática” ou
“exercício” que vamos emoldurando o “quadro” (retrato) de nossa história. A
partir dessas vivências cotidianas é que vamos percebendo nosso papel na
sociedade.
Não vamos nos contentar com muito pouco. Iludidos, buscamos a satisfação
nas coisas, no dinheiro, e não percebemos que o valor maior (o TESOURO HUMANO)
está na AUTORIA de nós mesmos, que em boa medida só é possível pelos livros e a
leitura.
Queremos de público agradecer à administração municipal, à SMED e ao
IMEAB pelo espaço a nós proporcionado, de poder dedicar 20 horas semanais para
contar histórias e apresentar livros e autores aos nossos alunos. Desse
exercício na escola é que fomos tomando consciência desse importante papel de
formar leitores.
Uma ótima Feira do Livro Municipal 2012 a todos nós!
(Discurso do
Patrono da Feira do Livro de Ijuí, (Américo Piovesan) no dia do lançamento da feira, no SESC).
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa oportunidade em que cumprimentamos os organizadores da XX Feira do livro de Ijuí e XXII, do Livro Infantil do SESC, queremos parabenizar o seu patrono, Professor Américo. E dizer, ainda, que a escolha do patrono motivou o tema “DE QUADRINHO EM QUADRINHO, DESENHAMOS O MUNDO” feliz escolha dos organizadores da Feira. Na verdade, a vida é um conjunto de cenas, flagrantes do cotidiano, que podem ser materializadas em quadrinhos. A linguagem icônica, aliada à verbal inscreve as múltiplas emergências do fato social vivido em determinado momento histórico de uma maneira sutil. Por meio do quadrinho, entendemos o cotidiano, ali representado como aquilo que nos é dado a cada dia ou nos cabe em partilha, pois o evidenciamos nas relações intersociais. Podemos compreendê-lo, ainda, enquanto representação do cotidiano, como a soma de pequenos ou grandes acontecimentos que dão materialidade à nossa existência. É uma história a meio caminho de nós mesmos. O RC Nova Geração vai participar da Feira com um “sebo”. Entendemos que o livro, lâmpada maravilhosa, que abre portas, projetando a vida, deve circular. Recebemos muitas doações e vamos repassá-las ao público da praça. Pois este “objeto de desejo” como descreve o Patrono da Feira, tal como a bola que anima o sonho de muitos brasileiros não precisa, necessariamente, ser de alguns, é necessário repassá-lo, como no futebol. Ao encontro dessa certeza, trazemos Castro Alves quando poetiza “Bendito o que semeia / Livros.. livros à mão cheia... /E manda o povo pensar!
ResponderExcluirNa praça, estaremos esperando muitas visitas, interagindo, passando mensagens que não deixarão esquecer que, no livro, o vivido e o acontecido, recontado de muitas maneiras, é sempre fantástico.
Obrigado, professora, pela sua bela mnensagem. Nos encontraremos na praça, duranbte a feira. Abraço do Américo.
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