terça-feira, 23 de outubro de 2012

Lançamento da Feira do Livro de Ijuí/R.S.



Ao pesquisarmos sobre o quanto o conteúdo dos livros (as suas histórias) dão sentido à nossa vida, somos levados a refletir até que ponto, dentre tantas coisas que desejamos ter, o livro é objeto de nossas aspirações.
Nesse mundo de demasiado consumo, objetos, como celular, redes sociais virtuais, tais como facebook, orkut, twitter, etc., por si só não possuem conteúdo. O conteúdo de fato vem das histórias (narrativas), que ganham vida através da nossa imaginação e da criatividade.
Os objetos por si só não nos tornam melhores, ou mais, ou menos sensíveis. Nossa base de emoções se dá, em boa medida, pelas nossas leituras. Elas é que nos dão suporte, ou nos ajudam a suportar (e enfrentar) essa cultura de individualismos, competição e consumismo.
Pretendemos que na infância, além do brincar, sejam despertadas a sensibilidade e a habilidade de ler, escrever e interpretar, ter opinião própria, autonomia para fazer escolhas e, sempre, ter um horizonte ético que dê o norte correto para o convívio social. Estudos mostram que, quanto mais cedo a criança começar  a ler, mais cedo aprenderá e desenvolverá a concentração. Além disso, sua desenvoltura, disciplina, cooperação e bons índices de aprendizagem têm relação direta com o número de livros por ela lidos.
Notamos, em elevado grau, a falta de imaginação, individual e coletiva. E o espaço da escola contribui, ou para manter isso, ou para se contrapor a esse quadro. Diante dessa realidade é que propomos ir às escolas (enquanto escritor e contador de histórias), com o objetivo de mostrar que ler e escrever não é privilégio de poucos, mas sim algo próximo de todos nós, e é nessa “prática” ou “exercício” que vamos emoldurando o “quadro” (retrato) de nossa história. A partir dessas vivências cotidianas é que vamos percebendo nosso papel na sociedade.
Não vamos nos contentar com muito pouco. Iludidos, buscamos a satisfação nas coisas, no dinheiro, e não percebemos que o valor maior (o TESOURO HUMANO) está na AUTORIA de nós mesmos, que em boa medida só é possível pelos livros e a leitura.
Queremos de público agradecer à administração municipal, à SMED e ao IMEAB pelo espaço a nós proporcionado, de poder dedicar 20 horas semanais para contar histórias e apresentar livros e autores aos nossos alunos. Desse exercício na escola é que fomos tomando consciência desse importante papel de formar leitores.
Uma ótima Feira do Livro Municipal 2012 a todos nós!

(Discurso do Patrono da Feira do Livro de Ijuí, (Américo Piovesan) no dia do lançamento da feira, no SESC).

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Na oportunidade em que cumprimentamos os organizadores da XX Feira do livro de Ijuí e XXII, do Livro Infantil do SESC, queremos parabenizar o seu patrono, Professor Américo. E dizer, ainda, que a escolha do patrono motivou o tema “DE QUADRINHO EM QUADRINHO, DESENHAMOS O MUNDO” feliz escolha dos organizadores da Feira. Na verdade, a vida é um conjunto de cenas, flagrantes do cotidiano, que podem ser materializadas em quadrinhos. A linguagem icônica, aliada à verbal inscreve as múltiplas emergências do fato social vivido em determinado momento histórico de uma maneira sutil. Por meio do quadrinho, entendemos o cotidiano, ali representado como aquilo que nos é dado a cada dia ou nos cabe em partilha, pois o evidenciamos nas relações intersociais. Podemos compreendê-lo, ainda, enquanto representação do cotidiano, como a soma de pequenos ou grandes acontecimentos que dão materialidade à nossa existência. É uma história a meio caminho de nós mesmos. O RC Nova Geração vai participar da Feira com um “sebo”. Entendemos que o livro, lâmpada maravilhosa, que abre portas, projetando a vida, deve circular. Recebemos muitas doações e vamos repassá-las ao público da praça. Pois este “objeto de desejo” como descreve o Patrono da Feira, tal como a bola que anima o sonho de muitos brasileiros não precisa, necessariamente, ser de alguns, é necessário repassá-lo, como no futebol. Ao encontro dessa certeza, trazemos Castro Alves quando poetiza “Bendito o que semeia / Livros.. livros à mão cheia... /E manda o povo pensar!
    Na praça, estaremos esperando muitas visitas, interagindo, passando mensagens que não deixarão esquecer que, no livro, o vivido e o acontecido, recontado de muitas maneiras, é sempre fantástico.

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  3. Obrigado, professora, pela sua bela mnensagem. Nos encontraremos na praça, duranbte a feira. Abraço do Américo.

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