sábado, 29 de dezembro de 2007
Poema A lua no cinema, de Paulo Leminski
llllllllll
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
llllllllll
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
llllllllll
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
llllllllll
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava pra ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
llllllllll
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
DOIS MIL E OITO DE PIJAMA E VIDA MANSA
Onze da noite
de pijama
e vida mansa
me cansa.
Tomo mais
um milk shake
morro de rir
quando uma barata
passa.
Moro ao lado da sorveteria.
Ela tem todos os sabores
que um menino sonharia...
(Acreditem, por favor,
tem até sabor de amor!)
Esticado no sofá
desliguei a TV
e o vídeo-game.
Estou pensando
nas viagens que farei
para conhecer
as delícias desse mundo!
Dois mil e oito
mil e uma histórias,
futebol e aventuras...
Meus pais me embalam...
e sacodem!
É hora de ir pra cama,
e essa vida mansa
me cansa!!
de pijama
e vida mansa
me cansa.
Tomo mais
um milk shake
morro de rir
quando uma barata
passa.
Moro ao lado da sorveteria.
Ela tem todos os sabores
que um menino sonharia...
(Acreditem, por favor,
tem até sabor de amor!)
Esticado no sofá
desliguei a TV
e o vídeo-game.
Estou pensando
nas viagens que farei
para conhecer
as delícias desse mundo!
Dois mil e oito
mil e uma histórias,
futebol e aventuras...
Meus pais me embalam...
e sacodem!
É hora de ir pra cama,
e essa vida mansa
me cansa!!
CANTIGA DE BABÁ - Cecília Meireles
fffffffffffffffffffff
Eu queria pentear o menino
como os anjinhos de caracóis.
Mas ele quer cortar o cabelo,
porque é pescador e precisa de anzóis.
fffffffffffffffffffff
Eu queria calçar o menino
com umas botinhas de cetim.
Mas ele diz que agora é sapinho
e mora nas águas do jardim.
fffffffffffffffffffff
Eu queria dar ao menino
umas asinhas de arame e algodão.
Mas ele diz que não pode ser anjo,
pois todos já sabem que ele é índio e leão.
fffffffffffffffffffff
(Este menino está sempre brincando,
dizendo-me coisas assim.
Mas eu bem sei que ele é um anjo escondido,
um anjo que troça de mim।)
fffffffffffffffffffff
Eu queria pentear o menino
como os anjinhos de caracóis.
Mas ele quer cortar o cabelo,
porque é pescador e precisa de anzóis.
fffffffffffffffffffff
Eu queria calçar o menino
com umas botinhas de cetim.
Mas ele diz que agora é sapinho
e mora nas águas do jardim.
fffffffffffffffffffff
Eu queria dar ao menino
umas asinhas de arame e algodão.
Mas ele diz que não pode ser anjo,
pois todos já sabem que ele é índio e leão.
fffffffffffffffffffff
(Este menino está sempre brincando,
dizendo-me coisas assim.
Mas eu bem sei que ele é um anjo escondido,
um anjo que troça de mim।)
fffffffffffffffffffff
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Poema de Elias José, do livro Bicho que te quero livre
NOVELA
A vaca amarela
ganhou uma rosa amarela
e uma declaração de amor
de um boi voador,
louquinho por ela.
A vaca amarela
sorriu, jogou beijo
e ficou mais bela.
O boi voador deu a ela
uma aliança de noivado.
Marcaram o casamento,
montaram uma casa.
O boi voador prometeu
não voar mais.
Na despedida de solteiro,
o boi voador resolveu voar
só um pouquinho...
Só que voou, voou,
e até hoje não voltou.
A vaca amarela
ganhou uma rosa amarela
e uma declaração de amor
de um boi voador,
louquinho por ela.
A vaca amarela
sorriu, jogou beijo
e ficou mais bela.
O boi voador deu a ela
uma aliança de noivado.
Marcaram o casamento,
montaram uma casa.
O boi voador prometeu
não voar mais.
Na despedida de solteiro,
o boi voador resolveu voar
só um pouquinho...
Só que voou, voou,
e até hoje não voltou.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
A MÃE DA MÃE DE MINHA MÃE
HHHHHHHHHHH
morava numa casa antiga
que tinha uma sala de visitas.
A sala ficava no centro da casa
e estava cheia de portas
que levavam aos quartos.
HHHHHHHHHHH
que tinha uma sala de visitas.
A sala ficava no centro da casa
e estava cheia de portas
que levavam aos quartos.
HHHHHHHHHHH
A mãe da mãe da minha mãe
se orgulhava em mostrar
o retrato da família
para todas as visitas.
HHHHHHHHHHH
No retrato aparecia
um menino carrancudo
que tinha medo do fotógrafo
e do “OLHA O PASSARINHO”
na hora do CLIC!
HHHHHHHHHHH
E tinha também no retrato
um tio de nariz quebrado
e outro tio careca e sério
como se tivesse voltado do cemitério.
HHHHHHHHHHH
A mãe da mãe de minha mãe
estava muito bonita no retrato
parecia Nossa Senhora
rodeada de Anjos e Querubins
e toda vez que eu olhava pra ela
ela piscava o olho pra mim!
ertyuiopasdfghjklçzxcvbnm,.;~´polkijhg
FINAL DO MÊS: NATAL E ANO NOVO
Quando o final do mês se aproxima
esvaziam-se as cartelinhas
de remédio da vovó…
Ela corre pra farmácia,
enfrenta chuva e vento,
e o tempo que voou...
(Vovó disfarça,
diz que o remédio está caro,
e que ela ganha pouco…)
Ela não entrega os pontos:
cada vez mais se enfeita
para atrair coisas boas.
Adora dançar e tricotar…
Ah, e conversar no telefone,
durante horas, com as amigas!
Minha cidade também se enfeita
Para o Natal. Lojas cheias de gente,
lista de compras de presentes
para as crianças e os adultos...
Atrás das cortinas dos olhos da vovó
vejo mais um pôr do sol despedir-se.
Vai o sol, chega a noite e os fantasmas
vêm contar suas histórias...
- Neste sol quente, não esqueça
o chapéu de palha! - dizia vovó.
Todo dia ela contava aventaras
sem desgrudar o olho do seu bordado.
Ao trançar as palhas do trigo
vovó brandia sua varinha mágica
e trazia ao mundo chapéus coloridos.
As mãos rápidas
disfarçavam
seus calos,
a palha gritava
se retorcia
mas logo logo
se acalmava
no trançado...
Agora eu percebo que o nascimento do chapéu
se parece com o nascimento do poema.
Meu lápis rabisca
a palavra escolhida
e ela vai ser apagada
ou vai ser o início de um sonho
(na companhia de um desenho...)
A palavra é o broto do trigo
que cresce e amadurece
no inverno e outono...
Nasce chapéu e poema
e vai proteger nossa cabeça
desse calor de rachar...
***
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Um garoto chamado RORBETO
Dê uma conferida no livro Um garoto chamado RORBETO, do Gabriel o pensador.
Vale à pena!
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Era uma vez um menino
que era muito atrapalhado.
O nome dele era esquisito
porque foi escrito errado.
É que o pai também se atrapalhava sempre, sem parar,
e lhe deu um nome com uma letra
fora
do lugar.
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Quando o menino nasceu,
o Doutor viu que era homem
e falou para os pais dele:
- Já escolheram o nome?
Mas seu pai não tinha tido escola.
Era analfabeto.
Não sabia nem falar direito,
e falou
RORBETO.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Escritora Roseana Murray - e sua contribuição..
A poesia da consagrada escritora Roseana Murray...
Do livro
Classificados Poéticos
Procura-se algum lugar do planeta
onde a vida seja sempre uma festa
onde o homem não mate
nem bicho nem homem
e deixe em paz
as árvores na floresta.
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma dança
e mesmo as pessoas mais graves
tenham no rosto um olhar de criança.
VOCÊ CONHECE ALGUM MOSQUITO ELÉTRICO?
VOCÊ CONHECE ALGUM MOSQUITO ELÉTRICO?
Gabrielo
tem cabelos amarelos
como gema de ovo
e nariz afinado
como ponta de prego.
Gabrielo
tem cabelos enrolados
com cachinhos singelos
nas costas.
Dizem que é mais agitado
que o boneco biruta!
Todos chamam Gabrielo
de mosquito elétrico…
É que ele é tão apressadinho
que quer brincar de várias coisas
ao mesmo tempo!
No jogo, corre por todo o campo
quer ocupar todos os espaços...
Corre tanto,
que não tira um tempo para comer...
Está tão magrinho
igual o Saci Pererê!
Nem olha para o que escreve,
porque precisa fazer tudo apressado
e antes que bata o sinal para o recreio
Já está voando no pátio...
Você também conhece
algum mosquito elétrico?
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Oficina Literária - Secretaria Municipal de Educação - Jóia/RS
No dia 29/11/2007 a Secretaria de Educação do município de Jóia promoveu evento literário, contando com a presença do escritor Américo Piovesan, que apresentou o livro Teco, o poeta sonhador, em: os mistérios do porão. mais de 300 crianças do ensino fundamental tomaram contato com o personagem Teco e suas aventuras, tendo aguçada sua curiosidade a respeito da arte de escrever e contar histórias.
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Viagem ao fim da noite
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