Churras na casa de veraneio do Professor.
Havia alguns convidados e um deles decidiu
que era o momento perfeito para nos deixar a par
de seus problemas de saúde.
Na primeira estocada retórica,
narrou seus dramas com as putas hemo**:
– Quando tu vai no banheiro C*, parece que sai arame farpado do C*!
Havia – sobre a mesa – salada, pimentas em conserva, pão de alho,
lingüiça toscana...
Olhei pras pimentas, pensei no sufoco do meu rabo
e no sufoco dos rabos da humanidade,
tanta gente sofrendo pra caralho!
Estava disposto a escrever um poema danadinho,
um cupcake falando das folhas caindo
e dançando e exibindo suas performances
nos pátios do velho Texas no final do inverno e o crepúsculo exibindo
o grande amor de minha vida.
Quem sabe, meu poema serviria de remédio
para as dores da humanidade,
já que ouvi dizerem por aí
que a poesia salva...
Mas não... o problema... é que o real
é muito triste!
(B. B. Palermo)
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