Almas
de calçada,
vira-latas
seguem farejando,
abraçados
a bandeiras esquizoides,
meio
conservadoras,
meio
anarquistas,
mijando
pelos cantos,
demarcando
territórios que ninguém vê.
Parodiando
uma canção do Paralamas,
cada
um apresenta suas armas,
como
se fosse a coisa mais preciosa,
como
se fosse o esteio
onde
o mundo se ampara e gravita,
em
vez de ser um patético
encosto.
Mesmo
etiquetado por esses rebanhos
de
criaturas demasiado ocas,
prefiro
a companhia da folha em branco,
da
memória e de algumas lufadas
imaginárias.
Não
consigo ensaiar minha dança
no
meio da multidão.
(B.
B. Palermo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário